Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
14/10/2014 08h51
QUE GERAÇÃO É ESTA?

            Esta era uma pergunta que Jesus fazia as pessoas de sua época de encarnado. Para onde Ele olhava via o pecado e a iniquidade, o orgulho e a vaidade... a hipocrisia! Parece que isso não ficou muito diferente dos dias atuais. É como se esse egoísmo que gera todas essas características comportamentais fosse uma maldição que nos acompanha desde o berço. Mas, não é bem assim. Esse egoísmo faz parte da estrutura biopsicológica com a qual o Pai nos criou desde a origem. Como tem a finalidade de preservar e manter a espécie ao longo das eras, não vamos deixar de possuí-las desde a fecundação, até mesmo antes da fecundação como podemos ver no comportamento do espermatozoide (que vence aquele que deixa os companheiros para trás) até o óvulo que deixa fecundar o espermatozoide que chega primeiro e com força suficiente para vencer as barreiras físicas.

            Então, sempre que existir a formação do gênero humano a partir da criação de Deus, não iremos ver o desaparecimento desses aspectos egoístas. O que Jesus se admirava com essa pergunta “Que geração é esta?” era com respeito a força que esses instintos ainda exercia sobre a mente de adultos. Força essa que continua a existir até nas gerações do nosso mundo atual, apesar de todas as lições que o Mestre deixou e que se ensina sistematicamente nas famílias, igrejas e escolas. Geração esta a qual eu pertenço e que não sou muito diferente dos meus irmãos. Essa pergunta de Jesus Ele poderia fazer se dirigindo para mim, não como interlocutor inocente, mas como pessoa instruída, com conhecimento e fé.

            Imagino a situação, já que eu O considero na minha companhia nos momentos mais diversos, nos comportamentos que exerço na solidão do meu caminho ou na companhia de alguns companheiros. Ele olha para mim com o olhar vago, como se tivesse a meditar e avaliando o meu comportamento como se tivesse avaliando o todo: “Que geração é esta?”.

            Ele sabe da minha disposição de seguir os seus passos, obedecendo a vontade do Pai. Sabe o grau de conhecimento que possuo sobre o mundo espiritual. Sabe que estou consciente da natureza da minha formação e quais são os caminhos evolutivos que devo seguir para o meu aperfeiçoamento. Sabe que eu posso ficar na companhia de quem desejar, inclusive a dEle, basta para isso O invocar nos meus pensamentos e garantir com a fé a Sua presença. Mas, apesar de tudo isso, o meu comportamento tende para a frivolidade do mundo, gasto tempo com jogos, passeios mundanos e comentários vazios de significados e cheios de ironias maliciosas... e ainda assim considero-me como um filho dileto do Pai, somente por ter em momentos fugazes essa compreensão. Não chega nem um pouco aquele comportamento que Jesus exibiu no Seu desiderato, sempre focado nos objetivos de Sua missão, onde os momentos alegres com comentários vazios de significados eram mínimos.

            Tenho que ficar mais focado na minha missão, no trabalho que o Pai e o Mestre esperam de mim. Tenho que estar mais tempo com a companhia dEle; tenho que forçar a minha mente para sair da programação mundana e entrar na programação espiritual onde os caminhos de Deus sejam apontados como o presente que Ele nos dá a cada dia.    

            Hoje está programado para a visita ao Congresso Nacional. Sei que existem motivos variados para entrar nos interesses mundanos, já que estamos em pleno período eleitoral. Como transformar toda essa demanda carregada de egoísmo em atitudes evangélicas carregadas de amor e compreensão pelos erros e acertos dos irmãos?

            Espero que o Pai me inspire e que o Mestre fique em minha companhia por esses caminhos.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 14/10/2014 às 08h51