Estou na plena efervescência da campanha política à nível nacional, onde a eleição do novo presidente tende a envolver todos os cidadãos em defesa de um ou outro candidato, conforme suas mais diversas motivações. Conforme o que percebi ao longo do exercício do mandato do partido que se mantém no poder a doze anos, firmei a convicção do meu voto. É impossível, por mais que seja bom ou ruim um candidato ou o seu partido, que se obtenha a unanimidade das intenções do voto. Portanto, mesmo que eu esteja coberto de razão nas minhas considerações, o outro também pode ter razões nas suas considerações ao enfocar as circunstâncias por outro prisma. Como ninguém pode afirmar que é possuidor da verdade plena, a divergência de opiniões sempre irá existir dentro da política mundana que busca o poder temporal. Dentro desse contexto mundano, enquanto a pessoa não definiu o seu voto, é importante que ele receba informações as mais diversas possíveis, tanto pró quanto contra de diversos candidatos, pois assim ele terá condições de usar a sua própria consciência para firmar a sua opinião. Agora, no momento que a pessoa firma uma opinião, fica contraproducente tentar mudar a opinião dele com a nossa, entendendo que a nossa possa ser melhor que a dele, pois pode ser justamente o contrário. Melhor então respeitar a opinião dos companheiros de jornada e esperar que a urna indique, de forma democrática, para que lado pende a maioria, cujo resultado deverá ser respeitado por todos.
Esse é o jogo da política a nível mundano cuja prática é carregada de mentiras de um lado para o outro, na tentativa de demonizar ou canonizar candidatos de acordo com os interesses de quem assim procede. São formas de relacionamentos, individual ou coletivo, carregados de egoísmo, onde os amigos recebem às benesses e os adversários os rigores da lei.
Por outro lado, existe a política de Deus que está ao nosso alcance, não só nos dias de eleição, mas todos os dias que acordamos e abrimos os olhos para a vida. Nesta campanha divina para a construção do Reino de Deus, temos o grande marqueteiro, o Mestre Jesus de Nazaré. Aqui ele já definiu os princípios que deverão nortear o nosso comportamento que estão todos dentro da Lei do Amor. Desses itens que compõe a lei do Amor, os dois maiores são: “amar a deus sobre todas as coisas” e “amar ao próximo como a si mesmo”. Nesse trabalho deveremos considerar todas as pessoas que se aproximam de nós como o “próximo” ao qual devemos considerar como irmão e para o qual devemos querer o que queremos para nós. Assim, nessa forma de fazer campanha política não vamos encontrar divisão, facções, pois todos são nossos irmãos. Se não fazem a vontade de Deus que é o poder supremo do universo, a verdade integral, a sabedoria infinita, é porque não o conhecem ou não se afinaram com a Sua essência que é o Amor Incondicional. Pode ser que a pessoa seja nossa adversária, que deseje ou que planeje a nossa morte porque defendemos a vontade de Deus, mas nós não devemos nutrir o mesmo pensamento de revolta, vingança ou agressão. Caso eu não possa lhe convencer dessa parcela de verdade que chegou a minha consciência, essa mesma verdade que eu conquistei impede que eu pegue nas mesmas armas que a ignorância exibe. Posso ser martirizado em função das minhas ideias, mas jamais martirizar ninguém por causa delas. O meu papel nessa política de Deus é o de levar o esclarecimento onde existem as trevas da ignorância, em levar a minha ação de fraternidade onde estiverem os deserdados da sorte. Sei que o meu nível hierárquico nessa campanha política irá ser definido pela minha capacidade de servir, de ser humilde... Esta é a política de Deus que está ao nosso alcance em qualquer momento de nossas vidas e para a qual eu desejo convocar a todos que estejam ao meu alcance, com o exemplo que eu consiga oferecer.