Há exatos 1981 anos, 33 anos atrás, Jesus estava expirando na cruz por volta deste horário. O céu escureceu, a terra tremeu e o povo apavorado tentava escapar do que não imaginava que estava acontecendo.
Hoje, em plena época moderna, sei desses acontecimentos pelos diversos livros que leio de diversas fontes. O esforço do Mestre Jesus nos três anos de intensa atividade messiânica, foi coroado com o supremo sacrifício de ter suportado com estoicismo toda tortura bárbara que lhe impuseram até o desenlace fatal na cruz.
Por mais que eu estude Suas lições e queira me aproximar dEle assim como qualquer aluno faz e o mestre deseja, eu sei que não conseguirei absorver nem 10% do ensinado e demonstrado sobre a capacidade de amar, de tolerar, de perdoar e de resistir a dor da incompreensão do mundo ao redor.
Faço essa reflexão agora, ao terminar o consultório e ver que o esforço que faço com o desempenho do trabalho e na aplicação das lições do Mestre estão muito distante do que foi ensinado e demonstrado. Primeiro pelo direcionamento. O Mestre direcionava suas ações ao foco de Sua missão, os interesses do mundo ficavam em segundo ou terceiro plano. Nada dos interesses do mundo material conseguia fazer com que ele se desviasse do caminho. O meu direcionamento ainda está do lado material, por mais que eu tenha adquirido a consciência da importância do mundo material e que é a ele que eu devo me reportar dentro de uma hierarquia de valores. Os compromissos que assumi dentro do mundo material impede que eu faça esse direcionamento total para os interesses do mundo material, de abrir mão de meus bens materiais e simplesmente sair no mundo em busca da minha destinação espiritual. Sei que esse comportamento nômade de Jesus, caminhante das estradas sem nenhum valor nos bolsos, eu não conseguirei fazer. Mas talvez não seja isso que o Mestre queira. Ele fez assim naquela época porque assim era necessária, essa lição do Amor Incondicional nenhum homem ainda tivera. Ele é quem devia sair assim pelas estradas a falar dessa energia superior em todo o Universo, que se equipara a essência do próprio Deus. E todas essas lições deviam ter um fecho especial, pois senão podia cair no esquecimento após a sua morte. Então o sacrifício que o levou à cruz era um item que já estava no planejamento de sua missão. Teria que ser um espírito muito valoroso para assumir e cumprir tão árdua tarefa. Hoje ao lembrar da cruz, ao passar por uma sexta-feira como esta, tudo vem à mente com muita clareza e um apelo muito grande para colocar em prática essas lições que o Mestre deixou e assim que eu possa contribuir para a construção do Reino de Deus.
Com essa compreensão entendo que o Mestre espera que eu não siga exatamente os Seus passos; Ele espera que eu aplique as lições que foram deixadas e construa os relacionamentos coerentes com o Reino de Deus. Então, tenho que me relacionar com o sexo feminino dentro de uma perspectiva reprodutiva para que eu seja um elemento funcional dentro dessa sociedade e não somente um emissor de lições, como foi o Mestre. No momento que todos fizerem assim, o Reino de Deus surgirá no meio da humanidade, a família universal ficará estabelecida e a harmonia será a tônica de todos os relacionamentos.
A sexta feira fatídica serve apenas como um farol dentro de nossas lembranças, para jamais esquecer o esforço do Mestre em nossa educação espiritual.