Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
09/11/2014 14h23
REGISTROS ETERNOS

            Existem dois relatos minuciosos sobre a vida de Jesus, um de J.J.Benitez, “Operação Cavalo de Tróia”, e o outro de Ramatis, “O Sublime Peregrino. O primeiro é uma obra de ficção, uma viagem tecnológica no tempo, amparado por minucioso estudo histórico, à última semana que Jesus viveu materialmente entre nós. O segundo relato é uma obra de mediunidade onde o espírito de Ramatis através de seu médium nos transmite tudo que está registrado na sua memória quanto esta vida de Jesus.

            Os céticos podem dizer que ambos os relatos são pura obra da fantasia, da imaginação, sem nenhum amparo na realidade, na verdade. Talvez eu não tenha como provar a veracidade disso com os recursos atuais da ciência, como eles exigem. Mas posso usar os argumentos da lógica que caminham sempre na frente da ciência, inclusive foi ela, a lógica, que organizou a ciência.

            Hoje eu sei que ao olhar o céu iluminado e ver o brilho das estrelas distantes, sei que algumas delas já foram extintas há milhares de anos. É simplesmente a viagem da luz que ela emitiu que ainda não chegou até os meus sentidos. Da mesma forma que o meu olho desarmado, quer dizer, sem nenhum tipo de lente, consegue comprovar a natureza dessa luz direta de sua origem estelar, eu poderia também comprovar, com o uso de alguma lente especial, a luz indireta proveniente de algum planeta iluminado por esse sol. Também eu poderia aperfeiçoar bastante essa lente para que essa luz indireta que chega até meus sentidos milhares de anos depois de ter sido emitida, para observar os detalhes do que acontecia na superfície desse planeta, e até mesmo no nível de relacionamento que existia entre seus mais diversos seres, animados ou inanimados, brutos ou inteligentes.

            Esse tipo de raciocínio que a lógica diz ser possível, mas que a ciência ainda não alcançou através de uma forma tecnológica, que ainda não encontrou intelectualmente o aparelho para realizá-lo, é o que me faz acreditar na veracidade desses relatos, mesmo que seja de alguma forma deturpada pela imperfeição dos instrumentos de detecção e de transmissão. Da mesma forma que as luzes do Universo podem chegar até meus sentidos após milhares de anos, a luz emitida por nosso planeta e que descreve os nossos relacionamentos, também estão viajando por esse Cosmo sem fim.

            Por outro lado temos o nosso aparelho mental sustentado por um cérebro composto por cerca de 20 bilhões de neurônios, cada um deles capaz de se comunicar regularmente com aproximadamente cem outros neurônios, através de compostos químicos que acionam estruturas celulares desencadeando ações. Para imaginar esse nível de complexidade, basta saber que a Terra possui cerca de sete bilhões de pessoas e que cada uma delas não consegue ter um nível regular de comunicação com cem outras. É este aparelho mental que leva à consciência o que acontece ao nosso redor. Já é bem conhecido que apenas 10% de sua capacidade é que está operando a nível consciente. Assim, talvez não tenhamos ferramentas tecnológicas para captar e interpretar essas informações que produzimos em nossa história e que está se disseminando no universo. Mas a mente, que não obedece as leis da física que conhecemos, que extrapola a velocidade da luz, pode alcançar de forma instantânea, em qualquer ponto do Universo, as informações que queremos ter e que ocorreram em tal data. É neste campo de energias mentais que considero a possibilidade da veracidade dos relatos que são escritos, de forma intuitiva, imaginativa ou mediúnica. Talvez todas essas formas sejam apenas variáveis de uma mesma capacidade que possuímos e que brevemente, com o aprimoramento dos nossos avanços científicos e humildade para reconhecer achados onde não houve a participação de nossa inteligência, tenhamos mais condições de conhecer a Natureza e a complexidade dos seus recursos.

            Então, os relatos dos autores acima citados, apesar de não serem exatamente iguais, descrevem fatos e situações compatíveis com a lógica do que poderia ter acontecido, e que podem realmente ter acontecido. Os pequenos erros de citação, de ocorrência que podem ter ou não ocorrido, são pequenas pedras no caminho do nosso raciocínio que deveremos apenas desviar ou retirá-las do caminho da verdade, quando isso for possível. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 09/11/2014 às 14h23