Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
12/11/2014 15h38
O PARTIDO DE DEUS

            É possível a existência de um Partido de Deus? Se Deus é Pai de todos, como ficar contra alguns em detrimento de outros? Por outro lado existem aqueles que querem fazer a Sua vontade e existem aqueles que fazem o contrário, que não O obedecem, que não O conhecem, ou negam Sua existência. Dentro dessa perspectiva eu posso ver: os filhos de Deus que procuram cumprir a Sua Vontade, e os filhos de Deus que não procuram cumprir Sua vontade. Nesse sentido pode ser coerente a organização de um Partido político daqueles filhos de Deus que procuram cumprir a Sua vontade.

            O objetivo do Partido Político é alcançar o poder através do processo democrático e colocar em prática as ideias que defendeu dentro da sociedade. Então, com esse pensamento, eu posso ver dificuldades em diversos ângulos. O primeiro é o mais básico, como organizar um Partido Político com essas características, de considerar todas as pessoas como irmãos que merecem serem respeitados e amados, inclusive os adversários? Segundo, como trabalhar para alcançar o Poder exclusivamente com as armas do Amor, perdão e tolerância, se o adversário usa de todos os meios, lícitos ou ilícitos, para alcançar ou se perpetuar nesse poder? Terceiro, na remotíssima possibilidade de alcançar o Poder, como fazer para se manter íntegro frente a avalanche de tentações que chegarão às nossas mentes para beneficiar a si, a família, os amigos em detrimento do povo?

            Com essas considerações e com o tipo de povo que sei existir dentro da sociedade, o Partido de Deus não pode existir com a perspectiva de alcançar o Poder de forma imediata. Sei que meu destino, o destino de cada pessoa em particular, é seguir o ritmo da evolução, por mais que eu ou essa pessoa se atrase na caminhada. Até o momento que nos aproximemos da perfeição é que estaremos aptos a aplicar a Lei do Amor nas estruturas do Poder.

            Como acredito nas lições que Jesus deixou, como o grande Mestre da humanidade, na condição de governador do planeta, sei que essa condição social de todos se comportarem dentro dos critérios da verdade e na busca do crescimento pessoal e coletivo de forma fraterna, o Partido de Deus deverá ter a sua existência e cada vez mais se tornar abrangente no sentido de toda a humanidade reconhecer que os seus métodos administrativos, de exercer o Poder, não merece ser substituído por outro partido, pois atende a necessidade de todos.

            Talvez este seja o momento de se colocar de forma embrionária um partido político que defenda essas características, de ser o instrumento coletivo da vontade de Deus, mesmo que seja um tanto caricato quando se colocar ao lado de outras agremiações políticas dentro do cenário desta sociedade essencialmente egoísta e com predominância do mal que ainda mantemos.

            A forma de fazer essa proposta deve ser cheia de muito cuidado, de prudência, pois os preconceitos contrários e a maldade instalada na maioria dos corações podem desestabilizar a harmonia de quem fizer essa proposta.

            Sei que essa proposta veio agora na minha mente, mas acredito que não serei o único a quem Deus está enviando essas intuições, cada um com suas fraquezas e defeitos característicos, como eu possuo. A questão agora é saber como fazer a apresentação do conteúdo programático de um Partido de Deus dentro da conjuntura humana adversa para essas ações. Sei que existem diversos partidos e pessoas associados a programas que se dizem evangélicos, mas não consigo ver em nenhum deles a aplicação do Amor Incondicional na construção de uma sociedade fraterna, com base na Verdade e na Justiça.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 12/11/2014 às 15h38