Hoje participei de uma reunião de caráter político na casa de uma amiga, Célia, que a conheci quando sentou ao meu lado na primeira reunião que participei no Chaplin, da “Força Democrática”. Como vi que ela apresentava ideias bem consistentes com relação ao nosso propósito político de lutar contra a mentira e corrupção que infesta a administração pública, entreguei para ela três artigos que eu havia produzido e que abordava o tema. Ela ficou interessada na minha participação entre as pessoas que estavam com propostas de fazer alguma ação pública. Mesmo com o meu horário apertado, combinei de ir à sua casa às 18:30h, mas tinha que sair antes de terminar, pois tinha outra reunião para participar às 20h. Cheguei no horário, mas os demais convidados chegaram atrasados e fomos começar mesmo depois das 19h.
Foi interessante esse primeiro contato para nos conhecermos e colocar logo nossas primeiras ideias. Surgiu logo uma discussão sobre o conceito de oposição. Há o pensamento de que não existe oposição no país, que todos os políticos comungam de alguma forma com os interesses de se manterem no poder em detrimento dos interesses do povo. Outros pensam que existe a oposição e que ela quase vencia a eleição deste ano.
Coloquei o meu pensamento aliado aqueles que pensam ter uma oposição. Mas fiz questão de frisar a ótica do nosso olhar. Se colocarmos o pensamento acadêmico nas diversas facções de pensamento e que geram os partidos políticos, podemos chegar a conclusão que uma verdadeira oposição, que centralize prioritariamente nos interesses da população, não existe. E o conceito de oposição acadêmica é útil nos bancos universitários para entendermos as diversas engrenagens de ações que são criadas e mantidas para determinados grupos se manterem no poder.
De forma prática, devemos não considerar esse aglutinado de pensamentos que tentam compreender todos os movimentos políticos e considerar que existe um partido que detém o poder atualmente no Brasil e que deve ser considerado como a “situação”. Todos aqueles que não concordam com esse partido que está situado no poder, são considerados oposição. Dentro da oposição como dentro da situação, existem diversas formas de pensar, mas todos colocados como se estivessem sobre uma gangorra: para onde o peso for maior, irá o poder de acordo com as regras democráticas.
Então, de forma pragmática, se queremos mudar o partido que está no poder, na situação, teremos que considerar todos que são contrários a ele como opositores e assim fazer a gangorra sair do controle deles. Mesmo que depois que isso aconteça, se a consciência crítica da sociedade verifica que os novos detentores do poder não merecem o apoio ético da sociedade livre, se forma uma nova oposição. Foi isso que aconteceu comigo quando votei na oposição que era o PT contra o PSDB. E hoje a consciência manda votar no PSDB que é oposição contra o PT. É isso que a história mostra que está acontecendo e jamais iremos alcançar uma administração pública sem opositores se os homens que a assumem estão envolvidos nos seus interesses egoísticos.
Existe sim, a possibilidade de uma administração sem oposição, quando os homens conseguirem vencer os seus instintos egoísticos e aplicar em todos os relacionamentos os princípios do Evangelho. Teremos conquistado o Reino de Deus e o Amor Incondicional será a Lei geral, a ser obedecida por todos. Enquanto isso, iremos tentando nos aperfeiçoar nesse jogo de situação x oposição.