O Papa Francisco surpreendeu nesta segunda feira ao fazer duras críticas aos líderes da Igreja Católica. Ele falou de comportamentos que chamou de doenças.
Recebi essa mensagem pelo whatsapp e como está sintonizada com a minha forma de pensar e de agir, vou continuar na sua reprodução.
O encontro de confraternização de Natal do Papa com os cardeais, bispos e monsenhores que formam a estrutura da Igreja, tornou-se um discurso muito duro, inesperado. Francisco condenou, sem piedade, os vícios da Cúria Romana, e descreveu doenças que, segundo o Papa, contaminaram parte da Igreja.
Ele denunciou a “síndrome do acúmulo de bens”, em uma possível referência às riquezas de alguns na alta hierarquia vaticana. Falou da “doença do lucro mundano”, da “rivalidade” e da “glória vã”. Criticou o “terrorismo das fofocas”, que destrói a reputação das pessoas; a “doença dos covardes” que falam por trás; e a “daqueles que tratam os chefes como seres divinos para subir na carreira”. Citou os que pertencem a grupos fechados mais do que a Cristo ou ao corpo da Igreja.
Para os que sofrem da “síndrome da imortalidade”, o Papa recomendou uma visita ao cemitério, onde estão os nomes de muitos que se consideravam imunes e indispensáveis. Essa doença vem de uma outra, o “mal do poder e do narcisismo”, que olha apenas para a própria imagem.
Para os que sofrem de um declínio das faculdades da fé, Francisco diagnosticou um “mal de Alzheimer espiritual” e chamou de “esquizofrenia existencial” a patologia dos que vivem uma dupla vida.
Depois do longo discurso, Francisco se reuniu com os funcionários do Vaticano e pediu perdão por alguns escândalos que, segundo ele, ainda fazem muito mal.
O exame de consciência que o Papa pediu à Cúria Romana, notável, tem também a finalidade de derrubar os obstáculos para as suas reformas. Francisco leva uma vida simples, mas nem todos o acompanham e continuam com os desvios de antes e resistem fortemente às suas propostas de mudança.
Essa chamada do Papa para uma tomada de consciência da Cúria Romana, também serviu para eu fazer minhas próprias reflexões e se isso também me atinge ou não. Vou considerar cada uma das doenças citadas e que segundo ele contamina a Igreja atual:
1.A “síndrome do acúmulo de bens” não se aplica a mim, pelo menos na essência, pois o único acúmulo que minha consciência acusa são de livros, CDs e DVS, mesmo assim com a perspectiva de dividir com a comunidade.
2.A “doença do lucro mundano” também não me atinge, pois até mesmo o dinheiro que empresto aos amigos tem a conotação de solidariedade, sendo combinado o pagamento de juros apenas para não haver a corrosão do dinheiro parado.
3.A “rivalidade” também não tem aplicação comigo, tenho sempre mantido o sentimento de solidariedade com todos ao meu redor. Até mesmo a atuação política que passei a desenvolver tem o sentido de mostrar a Verdade e corrigir mesmo aqueles que se colocam como adversários.
4.A “glória vã” não é uma preocupação para mim, não procuro aparecer em nenhuma das minhas atividades, a não ser para beneficiar um projeto coletivo, como faço quando vou para a televisão ou para os jornais.
5.O “terrorismo das fofocas” nunca foi praticado por mim. Considero que isso faz parte das ações negativas que devo evitar.
6.A “doença dos covardes” que tratam os poderosos como seres divinos e aos fracos com humilhação, também não observo em meu comportamento.
7.O “mal do poder e do narcisismo” procuro combater com a humildade em todos os momentos e circunstâncias.
8.A “síndrome da imortalidade” talvez me atinja, mas não da forma materialista. Eu me considero imortal do ponto de vista espiritual, mas sei que o meu corpo e tudo que ele conseguiu neste mundo pertence a matéria e de caráter passageiro.
9.O “mal de Alzheimer espiritual” opera em mim de forma contrária, pois quanto mais o tempo passa mais me aproximo da espiritualidade, das faculdades da fé.
10.A “esquizofrenia existencial” não me atinge pela capacidade de transparência que desenvolvo no meu comportamento, por mais estranho que ele pareça a quem veja pela primeira vez, tenho a coerência de um ser único em todos os planos dos meus relacionamentos.
Portanto, mesmo não fazendo parte da Cúria Romana, acredito que teria me saído muito bem frente às admoestações do nosso Pastor.