Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
12/01/2015 00h59
AS SERRAS

            Amanheci neste domingo hospedado no Hotel Vilas da Serra, em Serra de São Bento-RN. Não tinha sido planejado essa hospedagem, mas um convite de última hora, recebido e aceito sem muita reflexão, fez minha partida ontem, sábado, em horário impróprio, já começando a noite, para a chegada por volta das 22h no destino, enfrentando a escuridão da estrada. Ao refletir melhor, vi que a decisão foi intempestiva, mas como já estava dentro do processo, procurei transformar o limão em limonada, descartando todos os pensamentos negativos que me assaltavam a mente.

            A partir do convite inicial que seria assistir um campeonato de MotoCross que seria realizado no município vizinho de Monte das Gameleiras-RN. Inclusive fui até esse município na chegada, pois achava que seria mais coerente ficar hospedado no local do evento. Procurei uma pousada, não existia ninguém na recepção da encontramos através de uma seta colocada na estrada. Os hospedes que se encontravam nas varandas do apartamento informaram que a pousada estava lotada, mas que o responsável morava logo abaixo e que bem próximo existia outra pousada. Antes de me dirigir para lá, o celular toca e recebo ligação do Hotel Vilas da Serra, perguntando se a reserva feita ainda estava em vigor. Como não era muito distante de onde nos encontrávamos, confirmei a reserva e nos dirigimos para lá.

            Não foi possível todos ficarmos no mesmo apartamento, pois estávamos em cinco pessoas e o máximo que hospedava eram quatro pessoas no mesmo apartamento, apesar das dimensões desse espaço alojar muito mais que cinco pessoas. Mas aceitamos as alegações do atendente e ficamos em dois apartamentos.

            Antes de nos recolher fomos até a Pedra do Sapo, um espaço gastronômico, reservado aos hóspedes do Hotel, cujas mesas, cadeiras e sofás ficam sob uma grande pedra com o formato de um sapo. Pedimos petiscos e bebidas a um garçom, que por grande coincidência tinha o nome igual ao meu.

            Voltamos ao hotel depois de ficarmos cerca de uma hora nesse espaço muito agradável, pela ambientação, natureza, musica e atendimento. Ficamos a jogar baralho até cerca de duas horas da madrugada.

            Acordamos depois das sete horas, lamentando não ter acordado mais cedo para visitar à luz do dia as estradas dessas serras. Mesmo assim, depois de um café da manhã bem reforçado, saímos para ir até o nosso destino previsto, ver se encontrávamos o MotoCross. Encontramos algumas motos paradas em frente a um restaurante, e isso foi o que mais próximo nós vimos sobre MotoCross. Depois de Monte das Gameleiras-RN, a estrada não permitia ir adiante. Com a ajuda de populares, nós voltamos e pegamos uma estrada de barro à direita, para voltarmos por Araruna-PB. Já próximo à cidade demos carona a um senhor de setenta e poucos anos que caminhava sozinho com a ajuda de sua bengala. Conversou até o seu destino sobre a sua vida e filosofou sobre a personalidade dos filhos primogênitos e caçula, ele que se dizia primogênito e responsável por sua família. De Araruna pegamos a estrada de volta por Passa e Fica e pegamos uma galinha já pronta para ir ao fogo que estava na casa da mãe da minha companheira.

            Fomos para o hotel e antes de fechar a conta às 14h, nós decidimos ir para a piscina. Era uma piscina grande localizada em um alto, com poucas pessoas à usá-la. Apesar de ter levado o calção de banho, preferi ficar na sombra lendo meus livros e digitando meus textos.

            Prestamos conta às 14h e voltamos para Natal dentro de um horário adequado. O carro apesar de novo apresentou um barulho estranho que deve ser visto pela oficina autorizada, aproveitando a garantia.

            Terminamos a noite na casa do meu irmão onde jantamos e deixamos a galinha que trouxemos para ser preparada em outro dia. 

            A imagem que ficou dessa viagem imprevista foi o hotel rústico, mas luxuoso, encaixado em plena vastidão de serras e plantas secas pelo sol escaldante. Os próprios apartamentos foram construídos sobre a pedra e o piso de vidro destacava essa particularidade. Ficou o convite para retornamos em um período de chuvas para vermos uma nova imagem da região, tudo verde com água correndo pelos rios. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 12/01/2015 às 00h59