Existe no universo um movimento constante para evolução da Natureza, principalmente dos seres conscientes, como é o caso da humanidade. Devemos sair de um estágio simples e ignorante e com a determinação de corrigir os erros cometidos devido a ignorância, e nos aproximar da essência do Criador, que é o Amor Incondicional. Esse embate pode ser visto como uma luta do Bem contra o Mal, que nada mais é que o confronto entre pessoas mais evoluídas espiritualmente e aquelas ainda presas nas algemas do egoísmo, algemas essas que foram necessárias em algum momento da evolução, mas nunca no estágio de amadurecimento espiritual.
Assim, como ontem as forças do bem se organizaram aqui em Natal, principalmente, considerando a comparação entre os estados do Nordeste, para ser feita uma demonstração pública em defesa da honestidade, da verdade e da justiça, as forças do mal encontraram uma forma de mostrar também a sua força logo no dia seguinte.
Dessa forma, a sociedade natalense hoje anoiteceu sob o clima da barbárie. Os presos da grande Natal se organizaram para protestar, quebrar e queimar as instalações dos diversos presídios e orientar aos seus comparsas que estão soltos pelas ruas para depredar, queimar e matar. As pessoas ficaram apavoradas, principalmente os estudantes, que pegos de surpresa nas escolas e faculdades se sentiram dentro de uma cidade sitiada pelos marginais.
O estado parece um gigante inoperante que só tem habilidade para tirar o dinheiro do cidadão através de uma infinidade de impostos os quais são em grande parte desviados para o bolso dos corruptos. Esse foi o principal motivo do movimento nas ruas do dia anterior. A falta de presídios frente a uma demanda sempre crescente, mostra que temos de encontrar uma solução o mais rápido possível. O Brasil é um país de dimensões continentais e isso pode colaborar nessa questão.
Imagino que uma lei deveria ser criada para ser aplicada de imediato. Qualquer pessoa que tenha sido presa, julgada e condenada, seria levada para a região amazônica, principalmente na área de fronteira. A família desses criminosos teria direito a acompanhar o seu deslocamento e seria instalada nas proximidades do cumprimento da pena. Os presos trabalhariam regularmente como um profissional à serviço do Estado, de acordo com sua pena. Enquanto isso seus familiares teriam direito a apoio governamental, saúde, educação e emprego para a manutenção digna dentro do processo evolutivo em qualquer faixa etária. Qualquer cidadão livre também poderia vir morar nessas comunidades, usando o mesmo benefício dado as famílias dos apenados. Somente os presos teriam um comportamento diferenciado, pois os seu trabalho seria compulsório e o salário correspondente seria usado para o ressarcimento ao Estado das despesas que esse tivesse com o cumprimento de sua pena. Nessa comunidade não poderia existir o recurso do celular, deveria ser caracterizado como uma unidade prisional de interação doméstica/comunitária. O telefone usado seria somente o fixo e de uso exclusivo pelas autoridades com a responsabilidade de administrar a comunidade.
Essa é uma ideia embrionária, mas acredito que o esforço para amadurecê-la em seus princípios fundamentais traria mais viabilidade social dentro dos recursos despendidos e a justiça a ser realizada.