Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
16/04/2015 00h01
POR ONDE O VENTO SOPRA

            Existe um trecho escrito por João (3, 1-8), no Novo Testamento, que se refere a conversa que Jesus teve com um fariseu chamado Nicodemos, da seguinte forma:

  1. Havia um homem entre os fariseus, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
  2. Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: “Rabi, sabemos que és um Mestre vindo de Deus. Ninguém pode fazer esses milagres que fazes, se Deus não estiver com ele.”
  3. Jesus replicou-lhe: “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus.”
  4. Nicodemos perguntou-lhe: “Como pode um homem renascer sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no seio de sua mãe e nascer pela segunda vez?”
  5. Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do espírito não poderá entrar no Reino de Deus.
  6. O que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do Espírito é espírito.
  7. Não te maravilhes de que eu te tenha dito: necessário vos é nascer de novo.
  8. O vento sopra onde quer; ouves-lhe o ruído, mas não sabes donde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito.”

Este último item, sobre o sopro do vento, encontrei na Folhinha Coração de Jesus que vejo a cada dia. Entendi logo que foi uma resposta de Deus às minhas preocupações mais atuais e que deixei registradas nos dois últimos dias deste diário. Estava preocupado com a desarmonia gerada em minhas companheiras que é causada devido a minha permanência em lugares diferentes. Pensava naquele momento que jamais eu alcançaria o nível de harmonia dentro de uma família ampliada, como é necessário dentro das exigências espirituais, devido as exigências egoístas opostas do corpo material. Esta mensagem do Cristo, escrita por João e editada na Bíblia Sagrada pela editora Ave Maria, chega até a minha consciência através de um pequeno lembrete na folhinha do Coração de Jesus. Entendo nessa mecânica que a vontade de Deus está assim disseminada por toda nossa cultura, e que devo apenar ter olhos para ver e ouvidos para ouvir. Quando estou com a intenção de cumprir essa vontade de Deus e que peço e procuro por Sua ajuda, ela se faz presente pelos Seus diversos instrumentos instalados na Natureza, dentro da matéria ou no mundo espiritual, assim como eu pretendo ser aqui e lá.

Dessa forma entendi o que o Senhor queria me dizer. Eu já renasci do Espírito, procuro construir o Reino de Deus dentro do campo material, usando a energia preferencial do Amor Incondicional. Estou em condições de ver este Reino de Deus na minha imaginação e procurar usar a minha energia para realizá-lo junto aos diversos irmãos, próximos ou distantes.

A minha ação dessa maneira não tem o caráter pesado da matéria, de fincar os pés num determinado local e permanecer nele de forma exclusiva com as pessoas que nele habitam. O meu caráter deve ser como o vento que sopra aonde a consciência manda, em busca da harmonia, da verdade e da justiça. Por onde eu passo todos podem sentir os efeitos do bem estar do Amor Incondicional, da alegria, do riso... mas que ninguém pretenda me prender, pois tal como o vento, isso é impossível, eu escapo por entre os dedos de quem queira me agarrar. Ninguém pode saber de onde eu venho ou para onde eu vou, a não ser que me perguntem, pois o ruído que eu produzo sempre está aliado com a verdade. Os sentimentos que deixo em quem tem a oportunidade de me sentir sempre são solidários com todos os irmãos que formam a humanidade, qualquer que seja a posição social, financeira ou familiar que eles tenham em determinado momento. Isso estimula o ambiente psíquico e circunstancial propício à vontade de Deus, à criação da família ampliada, a construção da família universal, a existência do Reino de Deus.

Foi esta a compreensão que adquiri com esse recado que acredito proveniente da divindade, e que me deixou muito mais satisfeito e confiante naquilo que estou realizando, apesar do sofrimento emocional pelo conflito existencial em quem ainda se mantém dentro dos padrões do amor condicional.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 16/04/2015 às 00h01