Encontrei um PPS na net, cujo texto de Arthur da Távola, fala da afinidade, e vi que esse sentimento é interessante. Apresenta conceitos que eu não tinha antes e que sintonizam com o meu pensamento, isto é, tem afinidade com o que penso. Na íntegra o texto é escrito como reproduzo abaixo, com belas figuras e música de fundo, Reach out, de Steph Carse:
Afinidade é um dos poucos sentimentos que resistem ao tempo e ao depois.
A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos.
E o mais independente também. Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto no exato ponto em que foi interrompido.
Ter afinidade é muito raro. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas.
Afinidade é estar longe, mas pensar de igual forma a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavras, é receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.
Não é sentir, nem sentir contra... nem sentir para... nem sentir por... nem sentir pelo... Afinidade é sentir com.
Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.
É olhar e perceber...
É mais calar do que falar, ou, quando falar, jamais explicar: apenas afirmar.
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças.
É conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas quanto das impossibilidades vividas.
Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo da separação.
Porque tempo e separação nunca existiram, foram apenas oportunidades dadas pela vida.
Perfeito!
Ainda não havia interpretado a magnitude desse sentimento tão próximo do Amor Incondicional. Não faço reparos em nenhum aspecto, pois é assim mesmo que penso e eu sinto. É um belo exemplo de afinidade com um modo de pensar do autor que nunca vi.
Agora, procurando colocar esses conceitos sobre a afinidade de forma prática, vejo que ninguém desenvolveu afinidade com o meu modo de pensar e agir, e, concomitantemente, também não desenvolvi afinidade com nenhuma outra pessoa.
Estaria essa pessoa que tem afinidade por outra, bem perto de ser a sua alma gêmea? É como se uma pessoa tivesse se dissolvido dentro da outra. Não há cobranças, não há ciúmes, não há distância... É como um sonho viver em afinidade com alguém... Será que conseguirei algum dia?
Mas enquanto esse dia não chega, procuro viver em afinidade com Deus!