Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
25/05/2015 00h01
VITÓRIA, ENFIM!

          Consegui vencer! Passei o dia resistindo as tentativas da gula, ou melhor, não deixava que elas se firmassem na minha mente. Quando eu sentia que chegava uma lembrança de passar em algum restaurante durante o dia e comer alguma coisa, por mínima que fosse, eu desviava o pensamento para outro assunto que interessasse naquele momento. Sei que os pensamentos surgem de forma inesperada na mente, de acordo com as necessidades do espírito, do condicionamento que ela foi submetida no passado. Se o meu corpo está condicionado pelas forças atávicas de milhões de ano a se alimentar com regularidade, também conquistei um condicionamento nesta minha atual existência de comer apenas uma vez por dia, e até passar de 3 a 5 dias de jejum sem grandes problemas fisiológicos. Então, tendo esses dois grandes condicionamentos dentro de mim, estou capacitado a resistir com mais eficácia às forças atávicas.

            Aceitei entrar apenas à noite numa padaria. Nesse momento é que se estabelece a queda de braço. Eu aceito o argumento de fazer uma refeição muito limitada, já que eu não estou considerando estar hoje de jejum, apenas no controle alimentar.

            Ao ver as opções ao meu dispor, verifico que existem dois pratos de meu interesse e que eu poderia desviar um pouco meu foco do que eu pretendia comer, apesar de aumentar a quantidade, que era isso que eu me proponha evitar. Ao pegar o prato para abastecê-lo, eu via que era ali o momento onde eu podia continuar na luta em busca de uma vitória ou ser derrotado. Consegui colocar a quantidade necessária, mas ainda inferior, para a compensação das reservas nutricionais que perdi durante o dia.

            Digamos que eu não tenha vencido a gula, pois entrei na padaria e coloquei no prato além do que pretendia comer. Mas como não comi além do que era necessário para reabastecer minhas reservas nutricionais, considero que houve um empate, entre a gula e o meu espírito.

            Entrei assim à noite capacitado para quando chegasse ao meu apartamento ir direto para a mesa fazer os trabalhos necessários. Esta mesa seria o local, seria o ringue aonde iriam se enfrentar a minha preguiça e o meu espírito. Sabia que a força da gula no auxílio à preguiça como acontecera ontem estaria atenuada, pois ela foi alimentada há pouco.

            Nessa situação atravessei a meia noite em pleno trabalho que minha consciência apontava como necessário fazer e assim foi computada uma vitória para meu espírito, nessa guerra que ainda vai se estender por muito tempo durante esta minha atual vivência. Mas isso me deixa mais confiante com as forças que possuo e mais sintonizado com a vontade do Pai.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 25/05/2015 às 00h01