Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
17/06/2015 23h26
SOBRE A PALAVRA DE DEUS

            Parece que Deus foi mais ostensivo comigo hoje. Sempre estou preocupado com essa questão de ver em quase tudo que me acontece a mão de Deus, até mesmo a comunicação através dos mais diferentes meios. Pois hoje Ele enviou um pastor de igreja evangélica especialmente para falar comigo.

            Estava sentado numa mesa para tomar um açaí com minhas duas companheiras quando ele surgiu distribuindo panfletos evangélicos. Foi à nossa mesa primeiro e ali ficou a conversar durante todo o tempo, sem visitar outras mesas, apesar dos pedidos insistentes da filha e esposa para irem embora.

            O panfleto que ele entregou tinha o título “Deus não abandonou você” e citava um trecho de Isaías: “Mesmo que isso acontecesse, eu nunca esqueceria vocês... o seu nome está escrito nas minhas mãos (49, 15-16). E nos comentários havia a colocação de que “Deus jamais se esquecerá de você! Ele conhece você e traçou um plano maravilhoso para a sua vida. Você pode conhecer este caminho ao buscar Deus, deixando-O guiar os seus passos”.

            Será que essa referência de abandono diz respeito ao tempo em que eu ainda procurava Deus e não conseguia percebê-Lo em minha consciência? Que apesar de eu não reconhecê-Lo, mesmo assim Ele jamais me abandonou? Mesmo que eu não soubesse ainda, eu estava trilhando o caminho que Ele preparou para mim. Então eu estava no caminho certo, estava buscando Deus até encontrá-Lo. Agora que sei da Sua existência e que Ele está sempre perto de mim a intuir e ensinar, principalmente através das lições que o Seu principal filho, Jesus, nos deixou, por que ainda fico levantando dúvidas na minha mente e tenho medo que eu esteja no caminho da loucura? Pois então Ele mandou esse pastor com esse objetivo. Informar que Ele tem diversos filhos que escutam a Sua voz e procuram seguir Suas lições e orientações.

            O pastor falou das diversas formas como Deus se comunica consigo, com passagens da Bíblia, com vozes que soam dentro ou fora de sua cabeça, com pessoas que falam o que Deus sente que ele precisa ouvir... da mesma forma que ele está fazendo comigo e talvez nem tenha essa compreensão, de que está sendo instrumento de Deus para me passar essas informações. Será que as minhas companheiras tiveram a mesma percepção, de que isso também seria uma mensagem que servia para elas? Talvez outro trecho do panfleto poderia ser a mensagem do Pai para elas: “Talvez voce tenha passado ou esteja passando por um momento de solidão, de sentimento de abandono ou de dor profunda da alma. Parece que ninguém pode compreender a sua dor. É como se Deus tivesse abandonado você. Expectativas se frustraram e sonhos evaporaram. Parece não haver uma razão para continuar a viver”.

            São essas circunstâncias, são esses fatos, que justifico como mensagens de Deus, que a maioria das pessoas creditam apenas ao acaso, a atividades simplesmente explicadas pelas motivações religiosas/espirituais ou monetárias/materiais, que não tem nada de um Deus onipotente e onipresente como autor. São essas pessoas materialistas, a maioria detentora do saber acadêmico, que se acham no direito de achar quem assim se desvia tanto da norma, ser um candidato a loucura.

            Eu tenho duas opções: a primeira é de me submeter a opinião da maioria e deixar todas essas interpretações do divino em vida de lado e procurar crescer materialmente, tanto dentro da academia quanto dentro dos círculos políticos e financeiros, usando todas as armas que todos usam, procurando ser o mais competente possível, para deixar para meus descendentes um bom patrimônio que não posso levar para onde eu for. A segunda opção é a de manter a coragem de permanecer no caminho que Deus construiu e indicou para mim, aceitando de bom grado todas as informações que Ele envia através das diversas formas de expressar as Suas palavras, procurando ser o mais competente possível para criar uma fortuna de virtudes que eu possa levar quando for o momento da minha partida para a pátria espiritual.  

            Com essa compreensão, fica claro que eu decidirei pela segunda opção. Apesar do risco do mundo me chamar de louco, estarei bastante satisfeito ao lado do Pai e sendo obediente à Sua vontade, de acordo como Ele a coloca em minha consciência através de Suas palavras codificadas pelos mais diversos meios.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/06/2015 às 23h26