Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
25/06/2015 00h01
SÃO BENITO MENNI

            Tive a grata satisfação de conhecer o nome do santo Benito Menni, através do livreto “Os Santos de cada dia”, pois o dia 23-06 é dedicado a São Benito Menni e diz o seguinte:

É o fundador da Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus. Nasceu em Milão, Itália, em 1841, mas passou a vida na Espanha. Aos 19 anos, Benito Menni ingressou na Ordem de São João de Deus. Ordenado sacerdote em 1866, partiu para a Espanha. Dedicou-se de corpo e alma em favor dos mais desprotegidos da sociedade. Fez-se enfermeiro da Cruz Vermelha, fundou hospitais e reorganizou a assistência psiquiátrica, dando um tratamento mais humano aos doentes mentais. Com a colaboração de Maria José Récio e de Maria das Angústias, fundou em 1881 a Congregação das Irmãs Hospitaleiras, cujo apostolado se desenvolve junto aos hospitais. Hoje as Irmãs Hospitaleiras encontram-se espalhadas por todos os continentes, inclusive no Brasil. Benito Menni morreu no dia 24-04-1914 e foi canonizado em 21-11-1999, pelo papa João Paulo II.

            Na Wikipédia, a enciclopédia livre, encontrei que ele nasceu com o nome de Ângelo Hercules Menni, sendo o quinto de quinze irmãos. Quatro episódios influenciou a decisão de se fazer Irmão de São João de Deus: 1) exercícios espirituais aos 17 anos; 2) os conselhos de um eremita de Milão; 3) a oração diária frente a um quadro de Maria, Mãe de Jesus; e 4) o exemplo dos Irmãos de São João de Deus tratando os soldados que chegavam à estação de Milão, feridos na batalha de Magenta, serviço que ele próprio praticou. Em 1860 entrou na Ordem Hospitaleira de São João de Deus, trocando o nome de Ângelo Hercules, recebido no batismo, pelo de Benito. O papa Pio IX confiou-lhe a difícil missão de restaurar a Ordem Hospitaleira em Espanha, onde tinha sido abolida, ação que começou em 1867. Depois de dar nova vida à Ordem na Espanha, continuou com a sua restauração em Portugal, no fim do século XIX e, no México, já no princípio do século XX. Em 31-05-1881 fundou a Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus. Foi um homem de caridade inesgotável e de excepcionais qualidades de governo. Na altura de sua morte, em Dinam (França) no ano de 1914, tinha criado 22 grandes centros entre asilos, hospitais gerais e hospitais psiquiátricos. A Igreja Católica reconhece a sua santidade, vivida em grau extraordinário. É o padroeiro dos doentes terminais.

            Eu, na condição de psiquiatra, fiquei muito satisfeito com essa informação, pois vi um homem de Deus lutar na comunidade pela criação de serviços, como Hospitais Psiquiátricos, para dar uma melhor assistência psiquiátrica. É a contramão do que o governo do PT conduz no Brasil desde que se instalou no poder. Uma sanha destrutiva dos recursos hospitalares existentes no país, com uma diminuição drástica e temerosa dos leitos e uma política assassina de pagamentos vis aos leitos que ainda existem.

            O que é curioso é que essa política perversa e desastrosa não seja percebida pela Igreja que contem em seus quadros de santos, pessoas como Benito Menni, que tanta caridade prestou à sociedade justamente criando leitos psiquiátricos. Hoje, nós, técnicos em saúde mental, nos deparamos com doentes mentais abandonados pelas ruas, sofrendo toda sorte de agravos, assassinatos, estupros, acidentes, suicídio, como se fossem um exército espectral, que podem ser vistos, mas que não podem existir.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 25/06/2015 às 00h01