A Santíssima Trindade ou Trindade é a doutrina acolhida pela maioria das igrejas cristãs que professa a Deus único preconizado em três entes distintos: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Para os seus defensores é um dogmas centrais da fé cristã, e considerado um mistério.
A criação e imposição do dogma da Trindade datam do Primeiro Concílio de Niceia e do posterior Credo Niceno-Constantinopolitano, que reinou sem maiores questionamentos por um longo período. Mas, mesmo antes desse evento histórico, a Trindade já era contestada e, novamente após a Reforma Protestante, a origem, o significado e a justificativa da doutrina trinitária vão sendo constantemente interpeladas, com os filósofos questionando a autoconsistência da doutrina. A partir da década de 1960, com a Filosofia Analítica da Religião e depois com a Teologia Analítica, os filósofos cristãos buscam justificar o dogma através de formulações mais precisas, numa tentativa de lhe dar autoconsistência e, consequentemente, maior facilidade para defendê-lo através de “reconstruções racionais”, as quais usam conceitos oriundos da Metafísica Analítica, da Lógica e da Epistemologia.
Por esses fatos podemos concluir que esse dogma como tantos outros elaborados para as mais diversas religiões, sempre tem mais interesses materiais do que inspiração divina. Não aceita a minha consciência essa distribuição da divindade em três entes independentes. A minha conceituação do divino é que seja uma energia primordial, onipotente, onisciente e onipresente que faz a grande Lei da existência e que é eterna, não tem princípio nem fim. Essa força divina, criadora, está presente em qualquer aspecto da Natureza, por mais ínfimo que pareça ser. A nossa capacidade cognitiva mais elaborada e que permite ser feita tais considerações, é capaz de nos aproximar cada vez mais do real conceito de Deus, deixando de lado os dogmas que impedem o livre pensar.
Hoje eu estava dentro do mar na hidroginástica, e enquanto os colegas conversavam os mais diferentes assuntos, eu me mantinha à distância, procurando meditar enquanto me exercitava. Foi aí que percebi três grandes forças operando sobre mim: o sol, o mar e o vento. Como vejo em tudo a expressão de Deus, logo imaginei que essa era a Trindade que nesse momento interagia comigo. É uma Trindade divina que satisfaz com mais precisão a minha inteligência e coerência, do que os dogmas religiosos. Não é preciso que eu me desloque para uma igreja, qualquer que seja, para ter contato com essa divindade Trina, ou quantas divisões ela possa apresentar. Pode parecer um pensamento herético para os defensores dos dogmas, mas para mim é o que mais me aproxima de Deus.