O termo holismo tem origem grega e significa inteiro ou todo. Comporta a compreensão de que as propriedades de um sistema, quer se trate de seres humanos ou outros organismos, não podem ser explicados apenas pela soma dos seus componentes. O sistema como um todo determina como se comportam as partes.
O princípio geral do holismo pode ser resumido por Aristóteles, na sua Metafísica, quando afirma: “O todo é maior do que a simples soma de suas partes”.
A palavra holismo foi criada por Jan Smuts, primeiro ministro da África do Sul, no seu livro de 1926, Holism and Evolution, que a definiu assim: “A tendência da Natureza, através de evolução criativa, é a de formar qualquer ‘todo’ como sendo maior que assoma de suas partes”.
Vê o mundo como um todo integrado, como um organismo. É também chamado não-reducionismo, por ser o oposto do reducionismo e ao pensamento cartesiano. Pode ser visto também como o oposto de atomismo ou mesmo de materialismo.
O princípio do holismo foi discutido por diversos pensadores ao longo da história. Auguste Comte o instituiu para a ciência ao sobrepor a importância do espírito de conjunto (síntese), sobre o espírito de detalhes (análise), para uma compreensão adequada da ciência em si e de seu valor para o conjunto da existência humana. O médico Nicholas A. Chistakis explica que “nos últimos séculos o projeto cartesiano na ciência tem sido insuficiente ou redutor ao pretender romper a matéria em pedaços cada vez menores, em busca de entendimento. E isso pode funcionar até certo ponto... mas também recolocar as coisas em conjunto, a fim de entende-las melhor, devido à dificuldade ou complexidade de uma questão ou problema em particular, normalmente, vem sempre mais tarde no desenvolvimento da pesquisa, da abordagem de um cientista, ou no desenvolvimento da ciência”.
Assim, posso observar que a medicina tem os seus recursos reducionistas com a devida importância que eles nos trazem na compreensão das doenças, no estudo do órgão, da célula, da bioquímica, da genética... mas não posso deixar de considerar de igual importância a compreensão do conjunto, da visão holista.
Um exemplo forte para tudo isso que acabo de descrever, é o que diz respeito à descoberta sistematizada do mundo espiritual e suas consequência na dimensão humana, inclusive na formação dos corpos, que não se compõem apenas do corpo físico.
A inclusão dessas novas informações por força do pensamento holista, vem mostrar que as doenças que antes procurávamos explicação apenas nos diversos relacionamentos celulares da biologia do corpo físico, possuem uma origem extrafísica, com base no espírito e manifestação na consciência, nos pensamentos, que através do perispírito vai influenciar positiva ou negativamente cada célula do corpo físico.
A medicina que desejo praticar em sua totalidade, tem que ser holista. Os conhecimentos reducionistas da célula e sua bioquímica continuam a ser importantes, mas agora obedecem a um novo critério, a uma nova hierarquia, e isso vai fazer uma diferença enorme na condução dos diversos transtornos com os quais lido diariamente. Surgem novas perspectivas terapêuticas com o mínimo de sequelas, de efeitos colaterais. O paciente a prende a depender mais dele do que da ação do médico ou do remédio que ele receitou.