Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
13/10/2015 00h01
PERDA DE SINTONIA

            Desde que Behemot foi despertado em minha consciência e entrou em confronto com meus princípios éticos, passei a ter os diversos caminhos de Deus à minha frente, mesmo que no princípio eu não tivesse a certeza que tenho hoje. Procurei seguir intuitivamente, de início, esses princípios éticos que já havia adquirido no pretérito. Enfim, cheguei ao ponto que estou hoje, considerando o meu projeto de vida como um projeto que o próprio Deus colocou em minha consciência, lutar para a construção de um protótipo social para o Reino de Deus, e neste caminhar muitas pessoas foram minhas companheiras, principalmente mulheres de potencial íntimo, sexual.

            Uma das últimas que o Senhor me enviou foi uma das Suas prometidas, já estava há anos no convento e o Pai achou por bem coloca-la ao meu lado para alavancar o projeto que eu tão bem expliquei para ela, do Amor Incondicional, da formação da família universal com base no amor inclusivo. O Pai agiu para fazer essa aproximação dela comigo, tirando o Behemot que Ele construiu junto com ela do sono, e a energia do Behemot, na forma de paixão romântica, fez ela enfrentar os preconceitos familiares e culturais e se colocar ao meu lado nessa tarefa espiritual, mesmo com dificuldades intrínsecas profundas e com o Behemot sempre atento na defesa do que ele acha ser exclusivamente dele.

            Esse é um motivo comum de perda de sintonia entre o projeto que o Pai deseja que seja implementado e o interesse material do Behemot de cada uma de minhas companheiras, que lutam pela exclusividade de um amor romântico, esquecem ou não compreendem que o amor incondicional deve estar sempre na prioridade.

            Ontem se instalou um clima de perda de sintonia com essa minha companheira de forte base espiritual, por ter conhecimento de forma clandestina (talvez ocasional) dos encontros que eu continuo a ter por uma de suas colegas de convento, que por seu intermédio, passou a ser também uma das minhas amigas. Como essa pessoa tem um grande potencial de despertar o Behemot masculino, logo a minha companheira procurou fazer o nosso isolamento e com palavras bastante duras de admoestação ao comportamento independente que era queria levar junto a mim. Para não despertar na minha companheira sentimentos de hostilidade, uma vez que o seu Behemot estava alerta e irritado, e ela sem condições de controla-lo, omiti todos os encontros que passei a ter posteriormente com a sua “amiga”, que eu considerei injustiçada frente a tão forte reação contrária. Até que enfim, ontem ela manuseando o meu celular viu que eu estava me comunicando com ela e me fez a pergunta direta, se eu estava me encontrando com ela. Ficou muito irritada com a minha afirmativa, queria saber detalhes, se eu tinha ido para o motel com ela. Eu disse que não iria entrar em detalhes, pois isso significaria ser infiel a uma intimidade que ela confiou a mim. O máximo que eu poderia dizer nessa hora, sem perda da confiança que ambas deviam ter em mim, e na confiança que eu não procuro perder frente ao Pai, é que não fui com ela para o motel, para fazer sexo, como sua pergunta quer saber, mas se isso um dia vier acontecer eu serei o primeiro a lhe dizer, pedindo antes permissão a ela, a acusada, pois ela também irá saber que, se vier existir essa possibilidade, a sua “amiga” irá saber logo em seguida. Sei que isso é um motivo para bloquear a efetivação da relação intima sexual, mas isso não é obstáculo para eu deixar de agir assim, intuindo que essa é a atitude mais coerente que eu posso ter frente ao Pai. Mesmo porque, desde o início, e com qualquer pessoa, mesmo existindo um forte desejo sexual do Behemot por determinada pessoa, jamais isso se tornará o objetivo principal de minhas ações, pelo contrário, será sempre usada a força do Behemot para reforçar a aplicação do amor incondicional.

            Sei que essa perda de sintonia desestabilizou o meu controle emocional, o meu espírito não teve mais como segurar o “estouro” do Behemot dentro de mim e que passou a dominar os acontecimentos oníricos. No sonho o ato sexual com essa pessoa acusada por minha companheira era realizado, de forma satisfatória para ambos, ela se instalava no meu apartamento e procurava mudar as coisas do jeito dela, e eu ficava preocupado mais com o aspecto material, uma vez que a grande crítica que é feita sobre ela é de ser uma pessoa materialista, vaidosa e interesseira.

Culminou nessa noite de tanta perda de sintonia com o afastamento dos corpos e de uma queda literal da cama, o que nunca havia acontecido comigo nesta fase dos sessenta anos. Mas, apesar de todo esse drama e de suas consequências emocionais, principalmente em minha mente, estou em paz com minha consciência, entendendo que mantenho a sintonia com o Pai, e este é o meu principal objetivo, e não sintonia com o Behemot de nenhuma de minhas companheiras, atuais, passadas ou futuras, por mais que o meu Behemot tenha desejos por qualquer uma delas. Mas a vontade é minha, do meu livre arbítrio, e isso eu já decidi, já a coloquei sob a vontade do Pai. Que Ele possa testar mil companheiras ao meu lado, mas eu só irei sintonizar com elas se elas também estiverem sintonizadas com a vontade dEle, com o caminho que ele apontou: praticar o amor incondicional, o amor inclusivo, fazer ao próximo (qualquer pessoa que esteja próxima) o que queira para si, dentro da liberdade e da justiça, condizente com o Amor.

Eis a proposta!

Eis o caminho!

Ame-o, ou deixe-o!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 13/10/2015 às 00h01