Chega um momento no qual as dificuldades se tornam maiores que nossa capacidade de resolvê-las. Tudo tende a se destruir, os projetos interrompidos... É nesse momento que o Pai resolve agir e corrigir pensamentos e emoções, que nós, por nosso próprio livre arbítrio, já havíamos decidido agir conforme a vontade dEle. Como Ele sonda nossos corações e percebe que nossas intenções são realmente a de fazer a vontade dEle, conclui que a falha que está acontecendo é que a força do Behemot que Ele deixou dentro de nós ao nos criar está nos subjugando emocionalmente. Então Ele prepara um acontecimento para despertar a nossa razão que temporariamente ficou turva, longe de alcançar ou entender o desvio da meta, para que possamos fazer as devidas correções.
Foi isso que aconteceu com minha companheira espiritual que estava envolvida e sofrendo desesperadamente com suas emoções particulares, esquecida do projeto de Deus. Pois Ele levou até o seu trabalho como Assistente Social dentro do Hospital, uma jovem que morreu subitamente de uma dor de cabeça e deixou dois filhos menores. Era ela a responsável para falar com a família, com as crianças sobre esse fato, e como pedir a Deus consolação por tamanha fatalidade. Ao fazer isso ela desperta para o desnível do que ela está sofrendo com o que aquelas crianças estão sofrendo naquele momento, em pleno dia das crianças. Ela entende também que aquilo que ela teve que passar junto a família traumatizada, foi uma lição que Deus lhe deu. Mudou em seguida o foco dos seus pensamentos, conseguiu encontrar mais serenidade para as suas frustrações no meio das dores muito mais profundas do próximo.
Também fiquei confortado, pois entendi que o Pai não causou em mim nenhuma repreensão pelo comportamento que estou conduzindo. Procuro seguir o caminho que Ele me apontou sem desenvolver nenhum apego, ou talvez, o menor apego possível, as coisas materiais, quer sejam objetos, seres, pessoas ou dinheiro. O amor deve fluir sem ficar preso a nada, e o apego é um tipo de cola que atrasa esse desenvolvimento, gera ciúmes, conflitos de toda espécie.
Vou compreendendo cada vez mais como o Pai exerce o controle sobre Seus filhos, principalmente aqueles que procuram fazer a Sua vontade. Vejo o controle dEle sobre mim de forma suave, quase carinhosa, com textos, pessoas e circunstâncias, que apontam os meus erros e ensinam como permanecer no caminho correto. Por outro lado, vejo que Ele não é omisso com aqueles que não obedecem a Sua lei, que praticam atos contrários à Sua vontade. Para essas pessoas eu observo que as lições chegam de forma dolorosa, com doenças e sofrimentos de variados tipos. Até aqueles que já nasceram com deformidades ou retardo mental profundo, eu vejo que são formas de pagamentos pelo mal que foi praticado, pelo prejuízo causado ao próximo, quer seja no ambiente doméstico ou público.