Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
02/11/2015 00h59
TERAPIA FAMILIAR (4)

            O grupo familiar que está sob a minha influência, com a minha viagem ao Congresso em Florianópolis, sofreu uma severa crise, principalmente dentro do casal que se apresentava mais frágil no relacionamento. Não sei ainda como tudo começou, mas a informação que tive é que o homem perdeu a calma e partiu para a violência. Espancou as duas filhas menores e ameaçou a mulher com um facão no pescoço. Os demais parentes acorreram ao socorro e orientaram para ele sair de casa, alugar um espaço só para ele e assim ele viver como deseja, sem intervir de forma tão brutal na vida da mulher e das filhas. Aparentemente ele concordou com a sugestão, mesmo que a culpa não fosse apenas dele, pois o comportamento obsessivo da mulher termina por provocar esse tipo de ira. Mesmo assim ele disse que estava alugando uma casa e que iria sair da convivência com as filhas e esposa. No entanto continua indo dormir na sua residência com a permissão da esposa. As pessoas se ressentiram da minha ausência e até comentaram que se eu estivesse em Natal isso não teria acontecido.

            Reflito sobre a importância que passei a ter nesse conjunto familiar ampliado, e que em tudo isso tem a mão de Deus, construindo caminhos e sugerindo ações, que se devidamente cumpridas sob a luz da justiça irão com a ajuda do tempo harmonizando as relações e formatando os relacionamentos compatíveis com o Reino dos Céus.

            Nesta viagem que realizei para Florianópolis fiz o convite a todas minhas três companheiras mais frequentes para me acompanhar. Por motivos diversos e por ação de justiça só me acompanhou uma. Essa foi a primeira conjuntura que Deus deixou à nossa disposição e que eu, obedecendo à Sua vontade conforme o ajuste de minha consciência, permiti que acontecesse. Então, o espaço mental e sentimental de cada uma ficou onde Deus queria. A primeira na condução dos preparativos de uma cirurgia que devia ser realizada e que o tempo apropriado para os preparativos foi justamente esse da viagem. A segunda que me acompanhou na viagem e aproveitou junto com nossa filha de um momento que fazia parte dos seus sonhos. E a terceira que permaneceu junto da família em terapia e que se mostrou uma base firme de auxílio e orientação para todos os parentes, além da tomada de decisão de ir morar sozinha, longe da influência da mãe que se mostra tomada pelo orgulho e preconceito.

            Então eu pude perceber com toda clareza a movimentação da influência de Deus em nossas vidas e da responsabilidade que cada um deve ter em perceber a Sua vontade e ter forças para cumpri-la. Para fazer isso cada um deve desempenhar com bastante determinação a fé, esperança e amor. Fé de que os caminhos que estamos trilhando sejam realmente os caminhos designados pelo Pai; esperança de que conseguiremos apesar das imensas dificuldades, vencer os nossos adversários externos e principalmente os internos; e principalmente o amor, para tudo tolerar, tudo compreender, em tudo ter paciência...

            Não posso compreender, a não ser com a ajuda do amor, como pessoas que estão dentro deste círculo de relacionamentos não percebam que isto tem uma determinação divina, se tudo isso só gera amor ao redor à luz da verdade, e que o mal-estar que surge na consciência de algumas pessoas em algumas ocasiões são sempre devidas a expressão do egoísmo, quer seja na exigência de um amor exclusivo, quer seja no medo de não ser considerada uma pessoa normal como aquelas que praticam tanto o mal travestidas de bondade.

            Na próxima reunião que terei com todos sinto a necessidade de não seguir com o plano original de ler uma das histórias que Jesus contava à noite nas casas dos amigos e discípulos com cada um dando sua opinião, e sim dar uma espécie de aula mostrando a natureza do nosso corpo e da nossa alma e a estratégia de evolução que ambos possuem. Acredito que essas informações bem sólidas que já possuo sejam o mais necessário para todos neste atual estágio de relacionamentos e de compreensão do sentido da vida.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 02/11/2015 às 00h59