Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
20/11/2015 00h59
IDOLOS DE BARRO

            Por coincidência, depois de ter escrito alguns textos sobre Sartre e Simone de Beauvoir, recebi dois WhatsApps. No primeiro, um texto que mostra um jornal que fala da biografia reveladora de Simone e Sartre como uma “relação perigosa”. Tinha abaixo da foto o seguinte comentário: E assim são muitos, os ídolos de barro que se auto promovem... túmulos caiados, nada mais! No segundo, veio o texto que reproduzo na íntegra:

            Esta biografia dupla narra a história de dois dos maiores ícones intelectuais do século XX. Simone de Beauvoir e Jean Paul Sartre desenvolveram uma relação intensa e dolorosa que durou mais de cinquenta anos. O livro é um retrato de suas vidas, desde a infância até a morte, e uma incisiva reconstrução da ligação entre eles – na verdade, uma recusa em casar-se.

            Dos corredores da Sorbonne aos cafés da Rive Gauche, descobrimos como a talentosa Simone se apaixonou pelo arrogante Jean-Paul. Carole Seymour-Jones descreve o primeiro verão que passaram juntos, em 1929, os debates acalorados que se prolongavam noite adentro, a competição sexual, as traições, as ideias perigosas que levavam as pessoas a experimentar novos comportamentos e o amor que este casal incomum tinha um pelo outro.

            Uma relação perigosa é recheado de detalhes insólitos, intrigas nefastas, encontros, traições e comportamentos libertinos. Valendo-se de uma investigação escrupulosa e tremenda compreensão histórica, a autora captura o leitor com tramas dignas de um intricado romance: sedução de virgens, prostitutas, adolescentes e admiradores.

            Graças a cartas recém descobertas de Beauvoir, tomamos conhecimento do lado mais obscuro dessa filosofia do amor livre, incluindo o fato de que Simone seduzia jovens e as dividia com Sartre. Seymour-Jones se aprofunda ainda em mais um episódio pouco comentado da vida desses pensadores e escreve como Jean-Paul Sartre caiu em uma armadilha soviética, comprometendo-se clandestinamente com os nazistas.

            Um relato fascinante sobre o que está por trás da lenda criada por esta dupla brilhante.

            Fiquei curioso e com a obrigatoriedade de ler essa obra. Tem muito a ver com o meu comportamento e parece que sou atingido quando leio palavras como essas que minha prestimosa interlocutora internética me enviou se referindo a Sartre.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 20/11/2015 às 00h59