Despertou essa pergunta em minha consciência ao ler uma frase de Woody Allen: “Não quero ser imortal pela minha obra. Quero ser imortal não morrendo”.
Com a minha compreensão atual sobre a realidade, percebi logo o grande erro do ator: não considerar que a morte não existe enquanto vida espiritual, que é a mais importante, a que leva consigo a consciência para onde for, quer seja no mundo material ou espiritual. Então o que ele deseja já alcançou, ser imortal. Mas, para mim, surgiu a reflexão do que estou fazendo nesta minha atual vivência na Terra para ser reconhecido positivamente na memória dos meus irmãos. Tenho exemplo de várias pessoas que se imortalizaram nesse aspecto de deixar uma obra significativa para a humanidade, como o filósofo Sócrates, Gandhi, Buda, Jesus, etc.
Então, o que estou fazendo até agora não tem nenhum destaque acima daquilo que tantos estão fazendo a todo momento. Aprendi logo cedo que, para ser uma pessoa completa do ponto de vista de realizações, eu deveria plantar uma árvore, gerar um filho e escrever um livro. Dessas três ações eu considero que falta apenas escrever um livro para completar as minhas realizações, apesar de ter escrito bastante, o suficiente para publicar diversos livros, mas ainda não publiquei!
Essas são as ações que devo praticar para que eu me considere nivelado junto a todos os meus irmãos. Mas para que eu seja lembrado por algo muito importante, que venha a contribuir para a evolução de todos e a fraternidade universal, é necessário uma obra que vá além dessas três ações. Acredito que eu esteja construindo essa obra, mas ainda não tenho a certeza que irei colocar na prática de forma que todos percebam a sua dimensão e importância, assim como eu tenho na minha consciência. É a defesa da prática do Amor Incondicional em todos os relacionamentos humanos, principalmente os afetivos e que se torne responsável pela geração das famílias harmônicas e fraternas, capacitadas para o Reino de Deus. Contribuirei dessa forma para a construção desse Reino, como já foi devidamente anunciado por Jesus, assim imagino.
Isso será efetuado na conclusão da minha última tarefa, a confecção de um livro. Imagino que essa tarefa, que não será reduzida a apenas um livro, irá colocando lentamente a minha forma de pensar e agir e assim mostrar a comunidade o caminho já ensinado, mas pouco percorrido. Defenderei essas minhas convicções com o meu próprio exemplo. Espero que as minhas cognições estejam sempre associadas à vontade do Pai, como é a minha vontade, e não entrar em desvios por desejos materiais de qualquer natureza.