Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
26/11/2015 00h59
ARAUTO DO CRISTO

            Sou aluno de uma instituição escolar representada pelo Cristo e devo propagar os ensinamentos do meu Mestre, tão correta e eficientemente quanto possível, de acordo com a assimilação das lições.

            Esse é o problema principal que enfrento, a questão da assimilação das lições do Mestre. Estou convicto que devo praticar o Amor Incondicional em todos meus relacionamentos, principalmente os afetivos, construir em função disso uma família alternativa, porém mais sintonizada com o Reino de Deus preconizado pelas lições do Mestre.

            Como aceitei as lições do Cristo sem qualquer reserva ou premeditação, meu coração se impregna de entusiasmo para proporcionar ao próximo a mesma alegria que sinto dentro de mim, não somente por viver integralmente o ensino sublime do Evangelho, como divulga-lo à guisa de um novo semeador do bem e da ventura alheia.

            A minha tarefa enquanto discípulo esclarecido e bem-aventurado pela assimilação da realidade crística é a de evangelizar, a tempo e fora do tempo, no templo ou fora do templo, com o filtro que a minha consciência permite, de acordo com a lei de Deus intuída pelos critérios éticos, sem me preocupar com a condição ou o tipo do terreno humano onde semeio. Devo deixar ao Senhor a deliberação de julgar o mérito e o aproveitamento dos demais filhos nos quais as sementes são postas. Sou um lavrador consciente do dever a cumprir operando na lavoura do Bem e do Amor. Além de esclarecer sobre a verdadeira conduta inerente ao cidadão do Reino de Deus, que procura seguir os caminhos que Ele prepara, ainda procuro libertá-lo dos liames enfermiços das reencarnações corretivas ou das posturas cognitivas equivocadas.  

            Com essa compreensão, não posso deixar dentro de mim, por covardia, todas essas sementes, simplesmente porque não vejo ao redor ninguém se comportando como eu, que fique intimidado pelo ineditismo de minhas ações, mesmo consciente da completa adequação à Lei do Amor. Tenho que ter a sabedoria suficiente para explicar que a família nuclear, aparentemente a mais perfeita que podemos construir, tem em suas bases o gérmen do egoísmo incrustado, e invisível em sua deterioração quanto ao distanciamento dos problemas coletivos que a sociedade sofre. Mostrar que a família ampliada não é uma forma de corrupção dos costumes, de libertinagem sexual, e sim o relacionamento mais fraterno, mais próximo da conduta desempenhada pelo cidadão do Reino de Deus.

            Chega o momento dessas sementes serem conveniente e corajosamente distribuídas, com o respaldo do meu próprio comportamento como exemplo prático. O que devo fazer é encontrar a melhor forma de introduzir o assunto associando-o com o Amor Incondicional. Já ensaiei fazer isso em outras ocasiões, mas sempre permanece restrito a este espaço que poucas pessoas tem acesso, apesar de estar disponibilizado ao público com a possibilidade de ser feita cópia dos textos que interessar ao leitor.

            Ouvindo um programa de rádio popular aqui em Natal, que tem um quadro chamado “A procura da felicidade”, onde a pessoa escreve uma carta para a produção e ouve da audiência a opinião sobre o assunto, estou pensando em elaborar uma carta colocando estas minhas preocupações e ouvir o que esse público pode dizer a respeito.

Espero fazer isso ainda este ano. Tentarei colocar toda a dinâmica do meu comportamento sempre associada às mensagens do Evangelho. Sinto que fazendo assim me torno um arauto do Cristo com mais eficiência, pois as pessoas irão refletir sobre suas lições e a forma de coloca-las em prática.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/11/2015 às 00h59