Vejo com satisfação que o sentimento de ódio e ciúme está sendo combatido na região de CM, a ameaça de suicídio está ficando mais distante. Investi bastante na aplicação do Evangelho, no esforço que todos temos que fazer para perdoar os pecados do próximo, principalmente daqueles que estão mais próximos, pois todos nós estamos errando constantemente e precisamos do perdão, principalmente do perdão do Pai.
Na área de ND é onde está o maior desafio, o isolamento refratário a conselhos e orientações e um trio de dependência a substâncias químicas associada a neuroses e psicoses, e ainda mais o forte ressentimento que foi construído anos atrás, mostra um quadro que implica em maiores esforços, sensibilidade e sabedoria.
Na área do NP, o núcleo pessoal onde se juntam as pessoas diretamente ligadas a mim, mesmo morando em regiões geográficas diferentes, tenho que exercer uma atitude agregadora, principalmente com as mulheres que por algum motivo tiveram comigo a conjunção da carne. Pelos desejos do Behemot e permissão do espírito, fomos em alguns instantes carne da mesma carne. Isso quer dizer que hoje, mesmo o Behemot não tendo a força biológica para impor seus instintos, nem em mim nem nelas, o Espírito deve reconhecer essa situação como uma herança filosófica que faz parte dos paradigmas reconhecidos pela consciência como “Vontade do Senhor”
Nessa área tenho três pontos principais que me chamam a atenção: o primeiro é a mulher com a qual eu saí para ter relações sexuais fora do casamento pela primeira vez. Foi a força do Behemot dela que instigou os desejos do meu Behemot e fez o confronto com minha consciência, de anular os preconceitos, limitações e paradigmas de um casamento baseado no amor romântico e ralação afetiva exclusiva. Lentamente, e com muito esforço cognitivo, eu fui criando novos argumentos baseados numa lógica que atendia aos desejos do Behemot e aos princípios espirituais: não fazer ao outro o que não quero seja feita a mim. Essa mulher, hoje me procura com suas dificuldades e doenças próprias da idade e eu a atendo com consideração e respeito. Como médico faço as providências que ela necessita, e o seu filho que a acompanha, reconhece o carinho de minhas ações e se coloca à minha disposição, se algum serviço eu precisar fazer na sua área profissional. Senti assim, a força da família universal da qual pratico um arremedo, mas que, como Jesus preveniu, um dia seremos capazes de construir.
O segundo ponto diz respeito ao meu irmão que mora sozinho, assim como eu, e que tem um comportamento um pouco parecido, mas sem a implicação espiritual que o meu apresenta. Ele está envolvido em relações afetivas com diversas mulheres, mas sem a transparência que o meu comportamento oferece. Isso torna a relação dele sem profundidade, construída simplesmente em prazeres momentâneos e circunstanciais, sendo movida pelo apelo do Behemot.
O terceiro é um caso considerado perdido por toda a família, o abuso de bebidas alcoólicas. Já deixei o doente internado mais de um ano em hospital psiquiátrico, mas como ele não tem a vontade de se manter na abstinência, faz uso praticamente diário de bebidas alcoólicas e tabaco. Já está aposentado pelo INSS e vive sendo expulso de forma violenta pelas companheiras que arranja, pois faz uso com elas do álcool. Mora de favor na casa de parentes e não demonstra nenhum interesse em deixar essa vida que leva. Mas, sei que cada ser humano tem um destino angelical a cumprir e que a qualquer momento a sua consciência pode despertar para essa finalidade. Tenho que evitar que o meu pessimismo técnico contamine a possibilidade, por menor que seja, dele conseguir sua reabilitação; tenho que encontrar fórmulas de despertar a sua consciência para isso.
Eis o panorama que esta minha família ampliada mostra no final deste ano. Não falei nem em todas as regiões geográficas, citei apenas as mais complicadas e que precisam de uma ajuda maior. Com certeza esse campo de terapia familiar vai necessitar de um tempo que eu não possuo, mesmo porque ainda continuo na ativa em todos os meus empregos. Com a aposentadoria talvez eu tenha um tempo maior de investir nos cuidados desta família ampliada e ela possa dar uma caracterização melhor da Família Universal que o Cristo tanto ensinou. Mesmo porque, é o Evangelho que Ele deixou a minha principal ação terapêutica.