Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
27/12/2015 00h59
SANTO ESTÊVÃO

            Hoje, dia 26 de dezembro, é dedicado à memória de Santo Estêvão, o primeiro mártir do cristianismo. Sabia que ele foi morto sob pedradas, em ação de brutalidade e de intolerância religiosa comandada por São Paulo, na época um alto funcionário do Templo, obediente aos sacerdotes que queriam destruir a memória de Jesus. Fui informado que era ele quem preparava as mesas para os Apóstolos se servirem nos primeiros anos do cristianismo. Fiquei curioso, pois não sabia que Estêvão tinha essa tarefa e fui à procura de mais informações. Encontrei um texto na net, Portal Angels, que dizia o seguinte:

            Na história do catolicismo muitos foram os que pereceram, e ainda perecem, pagando com a própria vida a escolha de abraçar a fé cristã. Essa perseguição mortal, que durou séculos, teve início logo após a ressurreição de Jesus. O primeiro que derramou seu sangue por causa de sua fé cristão foi Estêvão, considerado o protomártir.

            Vividos os eventos da Paixão e Ressurreição, os doze apóstolos passaram a pregar o Evangelho de Cristo para os hebreus. A inimizade que estava apenas abrandada reavivou, dando início às perseguições mortais aos seguidores do Messias. Mas, com extrema dificuldade, eles fundaram a primeira comunidade cristã, que conseguiu se estabelecer como exemplo vivo da mensagem de Jesus, o amor ao próximo.

            Assim, dentro da comunidade tudo era de todos, tudo era repartido com todos, todos tinham os mesmos direitos e deveres. Conforme a comunidade se expandia, aumentavam também as necessidades de alimentação e de assistência. Dessa forma, os apóstolos escolheram sete para atuarem como “ministros da caridade”, chamados diáconos. Eram eles que administravam os bens comuns, recolhiam e distribuíam os alimentos para todos da comunidade. Um dos sete era Estêvão, escolhido porque era “cheio de fé e do Espírito Santo”.

            Porém, segundo os registros, Estêvão não se limitava ao trabalho social de que fora incumbido. Não perdia a chance de divulgar e pregar a Palavra de Cristo, e o fazia com tanto fervor e zelo, que chamou a atenção dos judeus. Pego de surpresa foi preso e conduzido diante do sinédrio, onde falsos testemunhos, calúnias e mentiras foram a base de sustentação para a acusação. As testemunhas informaram que Estêvão dizia que Jesus de Nazaré prometera destruir o Templo sagrado e que também queria modificar as Leis de Deus transmitidas a Moisés.

            Num discurso iluminado, Estêvão repassou toda a história hebraica, de Abraão até Salomão, e provou que não blasfemara contra Deus, nem contra Moisés, nem contra a Lei e nem contra o Templo. Teria convencido e sairia livre, mas não. Seguiu avante com seu discurso e começou a pregar a Palavra de Jesus. Os acusadores irados o levaram aos gritos para fora da cidade e o apedrejaram até a morte.

            Antes de tombar morto, Estêvão repetiu as palavras de Jesus Cristo no Calvário, pedindo a Deus perdão para seus agressores. Fazia parte desse grupo de judeus um homem que mais tarde se soube ser o Apóstolo Paulo, na época ainda não estava convertido.  O testemunho de Santo Estêvão não gera dúvidas porque sua documentação é histórica, encontra-se num livro canônico, Atos dos Apóstolos, fazendo parte das Sagradas Escrituras.

            Por tudo isso, quando suas relíquias foram encontradas em 415, causaram forte comoção nos fiéis, dando início a um fervoroso culto de toda a cristandade. A festa de Santo Estêvão é celebrada sempre no dia seguinte ao da festa do Natal de Jesus, justamente para marcar a sua importância de primeiro mártir de Cristo e um dos sete escolhidos pelos Apóstolos.

            Acrescentei essa informação ao meu cabedal de conhecimentos, inclusive a palavra “diácono” que ainda não tinha me preocupado em descobrir qual era o seu verdadeiro sentido.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 27/12/2015 às 00h59