Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
30/01/2016 00h59
GOVERNO DE DEUS

            Os profetas eram escolhidos por Deus para transmitir o Seu pensamento e desejos ao povo escolhido por Ele, assim entendemos quando lemos a Bíblia. Depois de Jesus Cristo, para quem as profecias apontavam como o Filho de Deus, que representava o próprio Deus na Terra, e que veio nos ensinar sobre o Amor, parece que não foi mais necessário a escolha de novos profetas. A lição fora dada, o Evangelho foi escrito e difundido pelo mundo todo.

            Apesar disso, o mundo continua majoritariamente egoísta, muitos morrem de fome, guerras ou pestes. O desequilíbrio financeiro, educacional e moral é marcante em todos os rincões do planeta. O que fazer para evitar isso e construir o Reino de Deus como Jesus ensinou que poderíamos fazer? Se o comportamento político deveria cuidar dessa tarefa, já que todos os políticos em sua grande maioria se consideram como cristãos? Mas, se eles próprios, em posse do poder, são quem mais contribuem para a geração e manutenção dessa desigualdade?

            Reconheço que é a política realmente quem deve ser a responsável para fazer a transformação da sociedade egoísta para a sociedade fraterna do Reino de Deus. Mas temos que tirar o foco do poder temporal para o poder transcendental; tirar o foco dos cargos políticos que se alcança para alimentar o egoísmo humano em suas diversas faces, para o foco de Deus, aquele que deseja que vivamos com justiça e fraternidade.

            Para facilitar o entendimento e saber para quem iremos prestar conta de nossos atos políticos dentro de um governo de Deus, devemos reconhecer Jesus como o nosso governador planetário e para o qual prestaremos contas, pois esse governador representa Deus. Não é preciso se fazer uma eleição para se adquirir um cargo nesse governo de Deus. Basta colocar em prática o Evangelho, em qualquer local em que estejamos, em qualquer situação em que estejamos inseridos, em qualquer profissão que estejamos capacitados.

            Neste atual estágio de nossas vidas, não é mais necessário o surgimento de profetas para falar sobre a vontade de Deus, Jesus já resumiu tudo que necessitava ser dito. Agora nós podemos simplesmente assumir um cargo nesse sistema político, por mais simples que seja, colocando em prática o Evangelho. Não precisa dizer a ninguém que obteve esse cargo, quem está disposto a fazer esse trabalho deve simplesmente fazer. Não iremos prestar contas a ninguém dessa tarefa, somente ao próprio Deus com a representação de Jesus. E a Deus ninguém consegue enganar, Ele sonda os nossos corações e ver qual a intenção que existe dentro deles.

            Eu vejo ao meu lado um mar de perversidades, de maldades, de ignorantes das leis divinas e portanto fora da política de Deus. Existem miseráveis nos dois polos da vida, aqueles indigentes que sobrevivem como animais, movidos pelos impulsos dos instintos de sobrevivência, que se arrastam como pedintes ou se escondem como marginais; no outro polo estão os detentores de grandes fortunas, conseguidas com atos de corrupção ou lucros exagerados sobre o trabalho escravo ou injusto de pessoas tratadas como animais de carga.

            Resolvi me engajar na política divina por sentir o apelo dos irmãos que sofrem e morrem sem a solidariedade cristã. Parece-me que isto é o que Deus deseja que aconteça, que pessoas fiquem sensibilizadas pelos efeitos do mal sobre os Seus filhos e quer que os corações mais sensibilizados assumam os diversos cargos políticos para colocar na prática a Sua vontade. Sei que o meu cargo ainda é pequeno, apesar de Deus ter me proporcionado um lugar de destaque na sociedade. Meu cargo é pequeno porque eu tenho a intenção, mas falta ainda uma forte determinação para vencer a inércia provocada pela preguiça. Posso me considerar, ainda com muita arrogância, uma espécie de líder comunitário dentro da política de Deus. Tenho feito alguns trabalhos na comunidade, tento construir uma família ampliada com foco no amor incondicional, e tento ser solidário nas minhas tarefas profissionais. Mas reconheço que ainda sou falho em todas as áreas, que poderia fazer muito mais, mas meus próprios vícios e defeitos me impedem. O que me deixa mais aliviado é que vejo que as minhas intenções são boas e sintonizadas com a vontade do Pai, pois assim é que minha consciência reconhece.

            Fico satisfeito com o meu pequeno cargo na política divina, e procurarei vencer meus defeitos para escalar cargos mais altos nessa hierarquia, e para isso oro para o Pai me ajudar a ser um bom político ao lado do Mestre.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 30/01/2016 às 00h59