A espiritualidade superior fez com que eu tivesse oportunidade de receber pelo reembolso o livro “Ramatis – uma proposta de luz”, uma obra psicografada por Hercílio Maes. É uma coletânea das obras de Ramatis por meio da mediunidade de Hercílio Luz Maes. Ramatis é o mentor espiritual que mais me influenciou na época que eu vivia coberto de dúvidas quanto a existência de Deus e do mundo espiritual. Foi Ramatis com suas respostas bastante coerentes que dissipou minhas dúvidas e fez com que eu mudasse lentamente o foco de minhas atenções, do mundo material para o mundo espiritual. Daí, o conhecimento da implicação do que eu já estava fazendo com o modelo de evolução espiritual, e de que eu já estava aplicando a vontade do Pai, mesmo sem saber, fez eu assumir de forma peremptória e explícita essa condição.
Portanto, a chegada desse livro, resumo das obras feitas justamente pelo médium que psicografou os primeiros livros que li, me fez entender que era ele que eu devia ler durante esses 40 dias de quarentena/quaresma que se inicia hoje.
Ramatis viveu na Indochina, no século X, e foi instrutor em um dos inumeráveis santuários iniciáticos da Índia. Já havia se distinguido no século IV, tendo participado do Ciclo Ariano, nos acontecimentos que inspiraram o famoso poema hindu Ramaiana. Neste poema, o feliz casal Rama e Sita é símbolo iniciático de princípios masculino e feminino. Unindo-se Rama e Atis (Sima ao inverso) então resulta Ramaatis, como realmente se pronuncia em indochinês.
Ramatis foi adepto da tradição de Rama, naquela época, cultuando os ensinamentos do “Reino de Osíris”, o senhor da Luz, na inteligência das coisas divinas. Mais tarde, no Espaço, filiou-se definitivamente a um grupo de trabalhadores espirituais, cuja insígnia, em linguagem ocidental, era conhecida sob a pitoresca denominação de “Templários das Cadeias do Amor”. Trata-se de um agrupamento quase desconhecido nas colônias invisíveis do Além, junto à região do Ocidente, onde se dedica a trabalhos profundamente ligados à psicologia oriental.
Já estou familiarizado com as mensagens de Ramatis, mas não sabia ainda o que significava o nome “Rama-tys”, ou “Swami Sri Rama-tys”, como era conhecido nos santuários da época. É quase uma “chave”, uma designação de hierarquia ou dinastia espiritual que explica o emprego de certas expressões que transcendem as próprias formas objetivas.
Há informações que, após significativa assembleia de altas entidades, realizada no espaço, no século XX, na região do Oriente, procedeu-se a fusão entre duas importantes “Fraternidades” que dali operam em favor dos habitantes da Terra. Trata-se da “Fraternidade da Cruz”, com certa ação no Ocidente (que divulga os ensinamentos de Jesus), e da “Fraternidade do Triângulo”, ligada a tradição iniciática e espiritual do Oriente. Após a memorável fusão dessas duas Fraternidades Brancas, consolidaram-se melhor as características psicológicas e objetivo dos seus trabalhadores espirituais, alterando-se a denominação para “Fraternidade da Cruz e do Triângulo” Seus membros, no Espaço, usam vestes brancas com cintos e emblemas de cor azul-clara esverdeada. Sobre o peito, trazem suspensa delicada corrente como que confeccionada em fina ourivesaria, na qual se ostenta um triângulo de suave lilás luminoso, emoldurando uma cruz lirial. É o símbolo que exalça, na figura da cruz alabastrina, a obra sacrificial de Jesus e, na efígie do triângulo, a mística oriental.
Quando li que todos os discípulos dessa Fraternidade se encontram reencarnados na Terra e são profundamente devotados às duas correntes espiritualistas, a Oriental e a Ocidental, fiquei curioso, pois me sinto enquadrado nesse perfil, mesmo sabendo que ainda não tenho o gabarito espiritual para me considerar à altura dos nobres mentores da Fraternidade da Cruz e do Triângulo.