Sióstio de Lapa
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Meu Diário
11/03/2016 23h59
AUTODESCOBRIMENTO (01)

            Iniciei hoje o curso de extensão universitária na Cruzada dos Militares Espíritas, com o título “Autodescobrimento e Dependência Química – A cura interior”. Foi programado para 30 pessoas e compareceram 7 que conosco, eu, Olga e Edinólia, contabilizamos 10 pessoas.

            Apresentei a estrutura do curso e entrei no assunto da primeira aula, que foi situar o estudo dentro do campo das diversas formas de estudo da psicologia. Falei que a Psicologia Transpessoal é a tendência mais moderna dentro da Psicologia, coerente os ideais holísticos, de ver o homem em sua integridade. É definida por Abraham Maslow, um dos seus fundadores, como a quarta força da Psicologia, antecedida pelo Behaviorismo (Pavlov), Psicanálise (Freud) e Humanista (Sartre). Vai além das dimensões do Ego que é explorado pelas psicologias anteriores, e explora outras esferas conscienciais de uma forma mais ampla, além do indivíduo, nas condições não comuns da consciência, ultrapassando o estado de vigília.

            A Psicologia Transpessoal considera a Alma com a base dos fenômenos humanos e foi desenvolvida por Kubler Ross, Grof, Raymond Moody Jr., Maslow, Tart, Viktor Frankl, e Coleman.

            A Psicologia Espírita se encaixa dentro da Psicologia Transpessoal, dentro da quarta força. Defende que, sem uma visão espírita da existência física, a própria vida permaneceria sem sentido ou significado. O Reducionismo em Psicologia, torna o ser humano um amontoado de células sob o comando do Sistema Nervoso Central, vitimado pelos fatores da hereditariedade e pelos caprichos aberrantes do acaso.

            A Engenharia Genética e a Biologia Molecular começam a detectar a energia como fator causal para a construção do indivíduo, que passa ser herdeiro de si mesmo, nos avançados processos das experiências da evolução. Os conceitos materialistas aferrados ao mecanismo fatalista, cedem lugar a uma concepção espiritualista para a criatura humana, libertando-a das paixões animais e dos atavismos que ainda lhe são predominantes.

            Começamos a ver a mecânica evolutiva em duas perspectivas: a primeira é bem conhecida pela academia, se refere a evolução sofrida pelos seres vivos desde o seu aparecimento nos mares primitivos, na forma de coacervados e que se aglutinaram ficaram complexos e formaram as mais diversas formas de vida, uni a pluricelulares, vegetais e animais. A segunda é pouco percebida do ponto de vista material, se refere a evolução que o Espírito deve fazer ao longo das diversas existências.

            Freud e Jung possibilitaram uma visão mais profunda do ser humano com a descoberta e estudo do inconsciente e dos arquétipos, respectivamente, que permitiram a penetração da investigação nos alicerces da mente, constatando a realidade de uma energia além da biologia como explicação para os comportamentos variados dentro da mesma árvore genética, com fisiologia e psicologia opostas, bem ou mal dotados.

            Na formação da personalidade da criança existem os fatores hereditários, sociais e familiares, que decorrem de necessidades da evolução. O processo reencarnatório utiliza essas circunstâncias para propiciar ao Espírito (energia construtiva da biologia) um lugar adequado para aqueles que necessitam de recursos compatíveis para o trabalho de autoiluminação, de crescimento interior.

            O lar é o espaço por excelência onde ocorre a integração da hereditariedade-família-sociedade e leva significativa influência ao ser, cujo resultado será o equilíbrio ou a desordem moral, a harmonia física ou psíquica correspondente ao estágio evolutivo no qual se encontra.

            O autodescobrimento favorece a recuperação, quando o indivíduo está em estado de desarmonia. Favorece o crescimento se ele é portador de valores intrínsecos latentes. A ignorância do que se é, do caminho que deve percorrer para atingir determinada meta, leva aos conflitos de natureza destrutiva, ou fugas espetaculares para estados depressivos. Mergulhos em neuroses, psicoses e obsessões de várias ordens que dominam e inviabilizam a evolução.

            O autodescobrimento favorece a identificação dos limites e das dependências nocivas, as aspirações verdadeiras e as falsas, o embustes do Ego, as imposturas da ilusão; fortalece o positivismo nas decisões a tomar, define a execução de um propósito novo, e procura o propósito da divindade, de plenitude e perfeição.

            Jesus é o modelo e terapeuta, uma ponte entre os mecanismos das Psicologias Humanista e Transpessoal com a Doutrina Espírita, conduzida por Joanna de Ângelis sob a mecânica de Divaldo Franco. Colabora com aqueles que se empenham na busca interior, no autodescobrimento, e ajuda a superar os problemas do corpo, da mente e do Espírito.   

Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/03/2016 às 23h59