Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
21/03/2016 23h59
POLÍTICA 03 – BONDADE, VERDADE E JUSTIÇA

            No universo físico podemos ver a beleza de Deus. No mundo intelectual podemos discernir a verdade eterna, mesmo que não sejamos capazes de alcança-la na integridade. Mas a bondade de Deus somente podemos encontrar na experiência espiritual. A verdadeira essência da espiritualidade é feita na confiança na bondade de Deus, na criação de tudo e na condução harmônica ao longo das eras, apesar dos erros da ignorância praticada pelo livre arbítrio das pessoas ainda rudes.

            Para a Filosofia, Deus poderia ser grande e absoluto, inteligente e pessoal, mas para o espiritual é necessário também que Deus seja moral. Ele deve ser bom. O homem poderia temer a um Deus grande, mas ama e confia apenas em um Deus de bondade. Foi isso que o Cristo veio nos ensinar, a natureza do Pai, que a bondade faz parte de Sua personalidade, e a Sua revelação surge apenas na experiência espiritual pessoal dos filhos que crêem nEle.

            O supramundo espiritual requer que sejamos conhecedor das necessidades fundamentais de nossa natureza humana e que sejamos sensíveis a ele. Infelizmente muitos ignoram essa paternidade divina e se proclamam com orgulho de ateus, que não tiveram necessidade, para existirem, de um criador. Podem ter um comportamento ético, mas não conseguem alcançar a moral espiritual, que necessariamente exige que tenhamos a humildade suficiente para nos reconhecer criaturas originárias de uma inteligência tão superior que jamais a nossa à alcançará. O orgulho é tão forte que é difícil reconhecer o erro, quanto mais pedir desculpas pelas falhas e mostrar o devido arrependimento com o resgate das dívidas que contraiu.

            Isso é muito observado dentro da Política, com os partidos de orientação comunista, principalmente. São dirigidos inicialmente por motivos éticos, pela erradicação da miséria nos dois polos da sociedade humana: naqueles indigentes que sobrevivem sem nenhum nível de dignidade humana, como para aqueles multimilionários que fizeram suas fortunas com atos de injustiças e se mantem vampirizando o sangue e suor do trabalho do próximo. Tentam assim com esse discurso forte de corrigir a feiura observada no mundo.  

            Mas, esses partidos políticos quando alcançam a condição de mando, seja pela força ou pelo voto, logo passam a usar a mentira como a arma mais eficaz para permanecerem no Poder. Uma série de atrocidades canalizadas pela corrupção passam a ser feitas, tendo o cuidado de reduzir a miséria que estava escancarada, e distribuir benesses para conquistar simpatias, mesmo em espaços institucionais mais críticos, como a justiça e a academia. A mentira passa a ser aceita como verdade e os resultados catastróficos que tornam a realidade mais feia do que a que existia antes, não são devidamente considerados, mesmo porque muitos dos que estão em posição de mando terminaram por se contaminar com a cooptação do suborno, direto ou indireto.

            No mundo sem a bondade de Deus o risco de uma guerra civil ou uma transformação de comunidade livre para um gueto manipulado pelo ódio entre grupos e raças é muito grande.

            Felizmente o Brasil é composto pela maioria de pessoas que acreditam na paternidade de Deus, que já aprenderam as lições de Jesus e que estão prontas a se comportarem como o Pai deseja.

            Deus nunca é irado, vingativo ou enraivecido. A sabedoria muitas vezes restringe o seu amor, pois o pecador tem que pagar por seus pecados. A justiça condiciona a Sua misericórdia. O Seu amor pela retidão não pode evitar que, com a mesma intensidade, seja manifestado como ódio ao pecado. O Pai não é uma personalidade incoerente, de justificar o mal encoberto por um bem aparente.

            Deus ama o pecador e odeia o pecado. Tal afirmação é verdadeira filosoficamente, contudo, Deus é uma personalidade transcendental. As pessoas, personalidades eminentes, apenas amam e odeiam as outras pessoas. O pecado não é uma pessoa. Deus ama o pecador porque ele é uma realidade de personalidade potencialmente eterna, enquanto em relação ao pecado Deus não assume nenhuma atitude pessoal, pois o pecado não é uma realidade espiritual, não é pessoal. Portanto, apenas a justiça de Deus toma conhecimento da existência dele.

            O amor de Deus salva o pecador; a lei de Deus destrói o pecado. Essa atitude da natureza divina mudaria se o pecador se identifica completamente com o pecado, pois deixa de existir como pessoa, sem qualquer sintonia com a centelha de Deus que foi colocada pelo Criador dentro dele, e assim pode ser extinto o seu ser.

            Estas são as lições trazidas por “O Livro de Urântia”, best-seller internacional. Nós que convivemos com o pecado, mas não nos identificamos com ele, merecemos a misericórdia do Senhor, pois Ele nos compreende e quer nos salvar. Mas as pessoas que usam sistematicamente a mentira, emporcalham a natureza com suas sujeiras e se identificam integralmente com seus pecados, perdem a condição de humano, até mesmo de ser vivente, e passa a ser uma energia nefasta que a justiça de Deus eliminará do universo. Não adianta essa pessoa assim deformada esbravejar do alto dos seus poderes reais ou imaginários, a justiça o alcançará, a verdade será reposta, a beleza voltará...

Publicado por Sióstio de Lapa
em 21/03/2016 às 23h59