Este filósofo indiano disse ideias que sintonizam com as minhas, por isso vou reproduzir parcialmente um texto sobre o pensamento dele.
Ele fala da superadaptação aos vários sistemas vigentes, que seguem inquestionados:
“Quando eles oferecem sistemas e você os aceita, você está fechado, seguro, protegido, e você sente isso. E a maioria das pessoas querem se sentir protegidas psicologicamente. Mas as instituições nunca salvaram o homem, politicamente, religiosamente; elas nunca realmente libertaram o homem da sua tristeza, dor e todo o resto. Sabemos disso, mas os sistemas tem um apelo extraordinário para aqueles que não pensam”.
Mais do que a ignorância, Krishnamurti cita a “preguiça” como fator que justifica a manutenção dos sistemas.
Uma das coisas que o filósofo sempre sugeria em seus discursos e palestras era que, se as pessoas tinham dúvidas, que se perguntassem, sincera e profundamente, sem se apegar a padrões de respostas já existentes, e assim chegariam a respostas verdadeiras.
Tenho um comportamento que segue essas orientações de Krishnamurti, e colocar a atenção em algum aspecto central da vida, como fiz com relação ao Amor Incondicional, no qual eu pauto a minha conduta. Quando entrei nesse debate, que considera o Amor com a maior força do universo, desde que não seja condicionado a nada, passei a vive-lo dentro de minha rotina. Tornei-o mais inclusivo e compreensivo e assim o meu amor dirigido as minhas companheiras, passou a ter esse toque de inclusão, que outros amores podiam participar no nosso amor, e desenvolvi à compreensão que o mesmo tipo de permuta de amor que eu me permito fazer com companheiras eventuais, também a minha companheira pode fazer com outros parceiros. Isso foge totalmente à cultura ocidental, principalmente a brasileira, que é temperada com fortes doses de machismo.
Sou acusado de estar agindo assim em função do meu prazer pessoal, do meu egoísmo disfarçado em solidariedade, pois o meu foco é dirigido ao sexo. Não vou negar que o sexo seja uma grande força motivadora. Acredito que Deus o tenha colocado dentro de Behemot para nos ativar em busca do prazer, mas que a nossa consciência transforma esse interesse sexual em frutos de amor fraterno. Consigo fazer isso, e por isso acho que o instinto sexual seja um fortíssimo elemento para me classificar dentro da expressão do amor, pois eu consigo usá-lo para fortalecer o amor.
Sei que recebo críticas de todos os lados, mas sempre mantendo a conduta voltada para a harmonia e ações fraternas com quem esteja perto de mim. Procuro a harmonia interna, pois só assim poderei construir a harmonia externa.