Tenho a compreensão de que devo fazer a vontade de Deus, procurando agir dentro do Amor Incondicional em todos os meus relacionamentos, e assim construir o protótipo da família universal, a base da sociedade do Reino de Deus.
Portanto a minha ação não deixa de ser política, uma política apartidária da forma que a vemos por aqui. Um partido político já deixa implícito em seu nome, “partido”, que não pretende ser a unanimidade dentro da sociedade. Por outro lado a política de Deus pretende juntar todos como irmãos, sem partidarismos, sem exclusão de quem quer que seja.
Mesmo assim, a forma de fazer política atual mostra uma faceta mais próxima e outra mais distante do foco divino. A política da fé entende que a atividade do governo visa à busca da perfeição da humanidade, uma perfeição terrena, que dependerá exclusivamente do esforço e da razão humana. As teologias tradicionais podem prometer um estado perfeito depois de nossa passagem pelo mundo material. Mas os partidários da “política da fé” colocam esse estado no horizonte temporal do homem e estão dispostos a marchar até ele.
É neste ponto que a minha compreensão coincide com esses militantes partidários, mesmo que exista uma diferença marcante entre mim e eles que é a forma de fazer política. Todos que conheço até hoje usam recursos inapropriados com a lei de Amor para conseguir alcançar o êxito da eleição. A minha disposição já provada na arena da disputa das campanhas políticas, de não contaminar a lei do Amor, de trabalhar mesmo na adversidade, mesmo com aqueles que votavam em outros candidatos por motivos materiais. Cheguei até próximo da vitória, no parecer de testemunhas que observavam de longe a minha campanha, pois contabilizei mais de 800 votos numa campanha para vereador sem comprar esse voto de ninguém, e sim, era um voto de base consciencial. Próximo da vitória, vírgula, pois não atingi nem a metade dos votos necessário para minha eleição.
Foi com essa reflexão e a observação que os meus líderes maiores dentro do partido que eu estava alistado na época, o PDT, também se comportavam de forma contrária a lei do Amor, que percebi que estava tentando servir a dois senhores, se continuasse filiado a qualquer partido político. O meu líder maior é Jesus Cristo, que veio nos ensinar a lei do Amor como uma missão determinada para Ele diretamente pelo Pai. É este o líder que hoje governa o planeta e o sistema solar onde a Terra está inserida, do plano espiritual, mas que determina as suas ordens para a conquista do Reino de Deus no plano material.
Hoje tenho uma consciência cada vez mais clara que sou um militante dessa política divina, a política da fé, mas recebendo ordens diretamente do Mestre Jesus, inspirado a cada momento pelo Espírito Santo de Deus.
Sei também que o predomínio atual é da política do ceticismo, que entendo o governo não como uma entidade benigna, ou perfectibilista, mas necessária. Governar para esses militantes não é um exercício paternalista, é manter uma ordem superficial. Superficial porque contingente, provisória, precária, temporal, ou seja, literalmente secular.
Como militante da política da fé sob a liderança do Cristo, compreendo que devemos lutar para conduzir a humanidade para o Reino de Deus, mas observando sempre os princípios espirituais da lei do Amor, pela força da fé, da caridade e do convencimento. Também ter a compreensão que a vida real se processa no mundo espiritual e que aqui, este mundo material, serve apenas de laboratório para sermos testados se realmente somos capazes de resistir ao apelo do egoísmo.