O nosso espírito usa o corpo material para progredir dentro da lei da evolução. Somos criados simples e ignorantes pelo Pai, com a finalidade de usarmos os nossos próprios recursos para evoluirmos. Se nós tivéssemos sido formados já prontos, espíritos perfeitos, não passaríamos de marionetes do Criador. Não é isso que Ele quer. Assumo a ousadia de responder o que passa na mente do Ser mais perfeito de todo o Universo, Universo que Ele mesmo criou.
O Criador deseja que essas sementinhas ignorantes que Ele espalhou por todo o Cosmo, se empenhem a adquirir sabedoria e valores morais que os aproximem de Si, com essa conquista debitadas si próprios.
Quando um desses pequeninos focos de luz adquire uma consciência livre dos desejos materiais, um grau de pureza bem próxima daquela pureza que irradia do Criador, então fica intrinsecamente ligado com o Pai, sendo com autoridade designado como Filho.
Nesse ponto nós podemos compreender melhor a questão da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. O Pai é o Criador onipotente, acima de tudo e de todos nos Universos que Ele mesmo criou. O Filho é uma daquelas fagulhas de luz inteligente que Ele criou da Sua própria essência e que se desenvolve aprendendo a dominar as forças abstratas que surgem no campo da consciência. O Espírito Santo é a essência de Deus que fiscaliza todos os pontos dos Universos, e ajuda a criar caminhos onde o Espirito em aprendizado pode se direcionar, para o bem ou para o mal, e a partir daí recebendo as consequências dos seus atos.
Com essa compreensão eu imagino que estou exatamente no meio dessa luta consciencial, de um lado as forças atávicas que existem como herança de meu passado pela matéria, desde os objetos inanimados, os cristais, que passa pelos estágios vegetal e animal até a condição de humanos. Nesse ponto eu posso usar a minha inteligência e procurar discernir o certo do errado. Posso escolher caminhar através da porta estreita do dever e evitar a porta larga dos prazeres e desejos.
Sei que um dia atingirei o nível do Mestre Jesus, mesmo que gaste milênios, mas estou dentro de uma espécie de rio do tempo que me leva através da evolução nesse destino de perfeição.
Sei que apesar da grande carga material que ainda tenho nos ombros, estou num processo ascensional, já tendo certa compreensão da natureza do Filho, o qual é o meu Mestre e ídolo, a meta que um dia irei alcançar, e a compreensão do Pai que é o alvo que o meu coração sintoniza, como assim ensinou o Mestre Jesus.
Mesmo os meus sentidos não tendo detectado até agora nenhum estímulo do mundo espiritual, tenho total convicção da sua existência, tanto por raciocínio, lendo todos os trabalhos citados na literatura, inclusive trabalhos científicos acerca do mundo dos espíritos. Mas o que mais firma a minha convicção não é a razão que move os trabalhos científicos, e sim a intuição que me deixa tão próximo do Pai quanto de todos aqueles que como eu procuram fazer a vontade do Pai como o principal instrumento de evolução.