Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
22/05/2016 23h59
UMA DEFINIÇÃO DE AMOR

            Circula na internet um texto com esse título, de autor desconhecido. Como traz uma boa contribuição à definição do que é amor, vou reproduzi-lo neste espaço, na íntegra.

            “Um senhor de bastante idade chegou a um consultório médico, pra fazer um curativo em sua mão, na qual havia um profundo corte. E muito apressado pediu urgência no atendimento,, pois tinha um compromisso.

            O médico que o atendia, curioso, perguntou o que tinha de tão urgente pra fazer.

            O simpático lhe disse que todas as manhãs ia visitar sua esposa que estava em tratamento numa clínica, com mal de Alzheimer em fase muito avançada.

            O médico, preocupado com o atraso do atendimento, disse:

            - Então hoje ela ficará muito preocupada com sua demora?

            O velhinho respondeu:

            - Não, ela já não sabe quem eu sou. Há quase cinco anos que não me reconhece mais.

            O médico então questionou:

            - Mas então para que tanta pressa em vê-la todas as manhãs, se ela já não o reconhece mais?

            O velhinho então deu um sorriso e, batendo de leve no ombro do médico, respondeu:

            - Ela não sabe quem eu sou... Mas eu sei muito bem quem ela é!

            O médico teve que segurar suas lágrimas enquanto pensava.

            O verdadeiro AMOR não se resume ao físico, nem ao romântico...

            O verdadeiro AMOR é a aceitação de tudo o que o outro é... de tudo que foi um dia... do que será amanhã... e do que já não é mais!”

            Esta é uma forma de definir o amor com inteligência e sensibilidade, ultrapassando os limites do materialismo. O autor procura mostrar que. Por mais que tenhamos sido motivado pela beleza ou sensualidade da parceira ou parceiro, o que prevalece é o sentimento que irá se consolidar ao longo do tempo de convivência. O corpo irá definhar, o psiquismo poderá se perder, a insanidade é uma ameaça sempre constante no processo de senilidade. Mas o sentimento de amor que se forma entre as duas pessoas que convivem e se respeitam jamais será destruído. Esse velhinho da história não está indo à procura daquele belo corpo, sensual, que fez ele se interessar. Ele está indo em busca de um sentimento que foi formado durante os anos de convivência e que agora, mesmo não sendo reconhecido, ele sabe que está ali, na sua frente, uma alma que não pode mais se expressar, mas que continua existindo.

            Portanto, em conclusão, o autor explica com sabedoria que o amor não se resume ao físico, nem ao romântico. O amor é a aceitação de tudo que o outro é, seus defeitos e suas virtudes; é o reconhecimento de tudo que o outro foi um dia na sua vida, usando todos os recursos biológicos e psicológicos que agora não existem mais; é a compreensão de que aquele ser querido representado por um corpo que se deteriora, um organismo que amanhã já não existirá, mas que aquele ser querido não irá ser destruído com o corpo que a terra irá absorver, aquele ser querido irá se mudar para sua mente e seu coração enquanto a vida existir, enquanto as estrelas brilharem, enquanto caminharmos juntos em direção ao Pai.

            É uma pena que tenha tantas pessoas neste mundo que nunca sentiram o amor, e por esse motivo pensam que ele não existe. São pessoas que caminham solitárias sem perceber que ao lado estão tantas pessoas que sabem amar, e que nesse momento alguém pode estar lhes amando sem elas saberem e sem elas acreditarem. São pessoas que aprenderam a caminhar com companheiros, que se livraram dos ciúmes e incluem nos seus corações tantas pessoas, inclusive aquelas que sofrem por não poder sentir que o amor existe.

            Afinal, não é o amor do outro por mim que vai me nutrir, e sim o amor que eu tenho pelo outro, pois esse depende da capacidade do meu coração.

            Aquele velhinho não está sendo nutrido pelo amor da sua esposa, pois isso ela não pode mais expressar. Ele está sendo nutrido pelo amor que ele devota a ela, independente da situação em que ela se encontra.

            Amor, maravilhoso amor!

            Que pena que tantos não o sintam, não acreditam que ele exista...

Publicado por Sióstio de Lapa
em 22/05/2016 às 23h59