No dia 04-06-16, as 20h30m, foi iniciada a reflexão em família com a leitura do texto “O perdão e as batatas” onde um professor ensina aos seus alunos que guardar ódio ou ressentimento das pessoas dentro da mente, é como guardar batatas dentro de um saco e andar com elas pra todo lugar que formos. Elas logo irão se deteriorar, apodrecer e aquilo só está fazendo mal a quem as conduz. Mesmo assim é o sentimento de ódio por alguém que o guarda dentro da mente. Com o tempo esse sentimento vai deteriorando e causando tanto mal a quem lhe guarda que não consegue nem ver o que de bom existe ao seu redor. Depois da leitura todos fizeram suas reflexões, mas duas foram bastante fortes. Primeiro, R. que diz ter sido injuriado por seu professor que o acusou de ter copiado uma tarefa que valia pontos. Como a resposta estava parecida com a resposta dada por uma colega de sala, o professor imaginou que eles haviam copiado um do outro, sem considerar a possibilidade de coincidência. Por essa falsa acusação e a injustiça de ter sido desconsiderado todo o trabalho que ele e a colega haviam feito, foi gerado um grande ódio dentro de si e que pensou em várias formas de retaliação. Essa atitude do professor não o prejudicou tanto, pois já tinha nota suficiente para passar, porém a sua colega vai ter que fazer a prova final. Confessa que guardou essa batata em sua mente, mas que vai fazer um esforço para tirá-la, antes que ela apodreça e possa interferir nas suas atividades saudáveis. O segundo relato foi de Si que coloca a questão como uma dúvida, pois não entende que guarde ódio em sua mente, pois já perdoou o que aconteceu com ela. Diz que foi convidada para o aniversário de F. e foi junto com Nt. Diz que se sentiu humilhada pela atitude da mãe da filha de F. que procurava sempre se destacar com histórias que não eram pertinentes naquela ocasião, que ficaram sentadas em locais de pouca importância, mesmo ambas estando ali na condição de convidadas. Diz que não guarda ódio dentro de si por essa pessoa, mas que não quer ficar mais uma vez na sua presença, pois sabe que não irá se sentir bem. Acredita que essa sensação de distância que deseja ter com relação a ela não seja ódio, pois toda notícia que ela vem a conhecer e que pode beneficiar a ela, faz questão que ela conheça também e que possa ser beneficiada. Também elogia atitudes positivas que ela tomou, como defender a vida da filha quando engravidou de forma inesperada e o pai orientou fazer o aborto. Mesmo ela sabendo que não iria ter o apoio presencial dele e que iria enfrentar forte oposição de sua família, resolveu ter a filha enfrentando todas as críticas, dificuldades e retaliações por parte de seus parentes. Todos esperavam também o relato de N. pois todos sabem da grande dificuldade que ela tem com o marido, dos pensamentos obsessivos que guarda dentro da mente, que ela não consegue perdoar o que imagina ter acontecido. Mas ela preferiu não fazer nenhum comentário neste momento, mesmo porque não estava se sentindo bem fisicamente. F. conclui chamando a atenção para a aproximação dos dois textos, o que foi lido na semana passada sobre a amizade e este sobre o perdão. Quando existe amizade é importante que as coisas ruins que o amigo faça seja escrita na areia, é uma forma de perdão. Mas quando uma pessoa que não tem conosco uma relação de amizade nos faz uma coisa ruim, a tendência é que deixemos a batata do ódio guardada na mente. O texto de hoje mostra que isso não é saudável, irá apenas deteriorar a nossa mente devido a deterioração que o sentimento ruim traz, que termina extrapolando sem mesmo ter a intenção nos relacionamentos com outras pessoas, apesar de atrair as vibrações nocivas do mundo espiritual. Fica aqui a grande lição composta: escrever na areia o que de ruim nossos amigos fazem, e não guardar na mente as batatas do ódio por causa das coisas ruins que as pessoas de nossas relações fizeram conosco.