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11/06/2016 23h59
AUTODESCOBRIMENTO (12a) – O INCONSCIENTE

            O inconsciente é o conjunto dos processos que agem sobre a conduta, mas escapam à consciência. A descoberta do inconsciente foi a grande descoberta de Freud, mostrou que ele representa a força dos nossos desejos, realizados ou não, e que nos motiva o tempo todo. Tais desejos não precisam ser concretizados, podem permanecer na forma de sonhos, fantasias, mas que podem ser catalisadores inconscientes de realizações ou bloqueios.

            Freud e Jung foram quem mais se destacaram no estudo do inconsciente. Consideravam que o inconsciente era parte da atividade mental que incluía os desejos, ou aspirações primitivas ou reprimidas. A censura psíquica desses conteúdos bloqueia o surgimento na consciência, é uma espécie de censor. Quando existe uma pressão interna para esses conteúdos se expressarem, é necessário que aconteça o processo terapêutico através da interpretação dos sonhos, observação dos atos falhos ou investigando a causa dos traumas profundos.

            Há duas formas de inconsciente: o psíquico ou subcortical que se caracteriza pelo instinto, automatismo, natureza e foi estudado por Freud na forma do id, ou por Jung na forma dos arquétipos; o inconsciente orgânico ou cerebral é aquele que passa pelo córtex e tem como prova os experimentos de condicionamento de Pavlov e justifica os traumas e recalques.

            O ser subcortical funciona como o nome diz, abaixo do córtex cerebral, caracterizado pelos automatismos, instintos e as necessidades fisiológicas. Por outro lado, o ser cortical não possui o automatismo instintivo do ser subcortical e manifesta-se através das ocorrências do mundo ao redor.

            A função do espírito dentro dessa conjunção psíquica é a de controlar os diversos aspectos: inteligência fisiológica, memórias, instintos, emoções, funções paranormais, e a mediunidade.

            O inconsciente coletivo estudado por Jung é onde estão os registros mnemônicos das reencarnações anteriores e que compõe a historiografia do sujeito. O inconsciente cortical registra todas as ocorrências do córtex cerebral, mesmo que tal informação não passe pela consciência. Além disso, o esquecimento dessas vivências passadas no campo da consciência, preserva a pessoa de memórias traumáticas que levam ao desequilíbrio.

            É interessante sabermos que os registros automáticos gerados em todas as nossa vivências na escalada evolutiva estão guardados no inconsciente e protegidos pelo esquecimento. Se os conflitos nesse campo são fortes, podem surgir as patologias e fenômenos, como dissociações mórbidas, duplas ou múltiplas personalidades. Também são observados interagindo nessa área as comunicações mediúnicas com as estratificações anímicas.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/06/2016 às 23h59