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17/06/2016 23h59
AUTODESCOBRIMENTO (13) – O SUBCONSCIENTE

            O subconsciente é parte do inconsciente que pode aflorar à consciência com seus conteúdos alterando o comportamento do indivíduo. O subconsciente é o arquivo da mente, que começa desde o útero.

            Pode ser observada as seguinte características do subconsciente: 1. É um arquivo que é formado a partir das experiências cotidianas da pessoa; 2. Automático; 3. Irracional; 4. Estático; e 5. Vinculado à personalidade. Na mente humana pode ser entendido o consciente como a parte racional, onde é feita a análise dos fatos e a tomada de decisão. É o centro da fonte do raciocínio, da análise, dos prognósticos, comparação, justificação. O subconsciente é a parte mecânica, cartorial, registra de forma robotizada, tende a realizar o que nele está arquivado sem a preocupação do certo e do errado.

            Mesmo estando situado numa condição subalterna em relação ao consciente, o subconsciente pode se manifestar através de sonhos, neuroses e atos falhos. O consciente se restringe apenas ao presente. O subconsciente, além de abranger o presente, abrange o passado e o futuro. É um fiscal implacável de nossas vidas. A tudo registra, transformando em clichês etéreos que compõem nosso campo cognitivo ou campo de equilíbrio. É nesse escaninho maravilhoso da nossa mente que Deus está presente com mais influência em nossa consciência, com o Seu amor, com a Sua Justiça e com a Sua misericórdia.

            Os sonhos nem sempre dizem aquilo que pensamos através de sua simbolização. Eles são representados em fatores de sua complexidade e apresentam significados diferentes quando avaliados por seus detalhes. Lembro que assisti o filme “Avatar” onde existia uma arvore cheia de flores e que significava a força daquela comunidade. Pois bem, certa noite sonhei com aquela árvore e que caiam todas as suas flores. Não compreendi o que isso significava, até o momento que minha ex-segunda esposa me expulsou de casa e senti o mundo desabar ao meu redor.

            As neuroses são quadros psiquiátricos que caracterizam-se por dificuldade de adaptação por parte do indivíduo, embora este seja capaz de trabalhar e estudar, envolver-se emocionalmente e estar bem entrosado com a realidade. Na clínica psiquiátrica podem ser classificados da seguinte forma: transtornos fóbico-ansiosos, ansioso, histérico, obsessivo-compulsivo, e distimia.

            Os atos falhos são fugas de conteúdos reprimidos no subconsciente. O paciente não recorda coisa alguma do que esqueceu ou reprimiu, mas expressa-o pela atuação ou atua-o. Ele o reproduz não como lembrança, mas como ação. Repete-o, sem, naturalmente, saber o que está repetindo. Podemos ver esses atos falhos sendo constantemente repetidos no programa de humor do Chaves, onde ele usa em cima do ato falho o refrão: “Foi sem querer querendo”.

            É esse conteúdo que está arquivado no subconsciente na forma de pensamentos e atos, que irão programar a atitude e o comportamento. Isso reforça que a mente humana tem essas duas funções básicas, dentro do processo psíquico das funções mentais: o consciente e o subconsciente. O consciente é a parte racional e que distingue o homem dos outros animais. É o centro, a fonte do raciocínio, análise, tomada de decisões, comparação, justificação... é o que leva a pessoa do animal para o humano. O subconsciente é a parte mecânica, o registro, o robô, que só realiza as programações que nele estiver, sem a preocupação se é certo ou errado.

            Mesmo o subconsciente sendo mecânico, nem por isso deixa de influenciar o comportamento e atitude. Portanto, se arquivamos coisas negativas dentro do subconsciente vai surgir em função disso uma programação negativa. Sabendo dessa condição, e reconhecendo que estamos com uma programação negativa, podemos trabalhar para fazer uma reprogramação para mudar essa negatividade. Existem três leis que podemos usar para promover essa reprogramação: primeiro, a lei da repetição que deve ser praticada com treino, hábitos e condicionamentos; a segunda lei é a repetição, sabendo que no subconsciente não há diferenciação entre realidade e ficção. Então, devemos imaginar sempre coisas e situações boas; e terceiro, a lei da compreensão. Devemos aplicar a lógica e a coerência em tudo que fazemos, pois assim o nosso arquivo no subconsciente organiza as programações correspondentes e nossas ações nas interações passam a ser mais pragmáticas no sentido da harmonia.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/06/2016 às 23h59