Cada vez que o tempo avança e novas compreensões vão alcançando a consciência, dentro da lógica de “fazer a vontade de Deus” de acordo com os ensinamentos do Cristo, mudanças no modo de agir se tornam necessárias. Não teria nenhuma lógica se, tanto esforço para aprender fosse realizado e nenhuma mudança fosse feita, simplesmente porque se decidiu agir de determinada forma em alguma ocasião. O que não deve mudar, assim eu compreendo, é a meta original, a intenção de cumprir a vontade de Deus, usando o corpo que Ele nos deu como ferramenta. Se para atingir essa meta eu descubro que outro caminho é mais eficaz do que aquele que estou trilhando, é claro que eu deverei assumi-lo, sob ameaça de não assim fazendo eu não está sendo honesto com o Pai, de fazer a vontade dEle com a maior eficiência da minha parte, tentando superar os meus defeitos biológicos, instintivos, emocionais e racionais.
Percebo que esse setor que passei a desenvolver há certo tempo, este é o 24º texto desta série, tem sofrido alterações na forma e no conteúdo. Mas, dentre todos os caminhos que estou trilhando na minha vida, profissional, voluntário, associativo, etc., este é o mais objetivo no que diz respeito a construir a família universal, a base coletiva onde deverá ser instalado o Reino do Pai.
O que no início aparentava uma ação bem localizada e bem amarrada com uma só pessoa, lentamente percebo que vai existindo uma espécie de diluição. Essa localização cada vez se amplia mais, e isso é motivo de conflito com quem se aproxima mais de mim. Principalmente no campo afetivo com liberdade para a intimidade sexual.
O sentido de cumprir a meta, cada vez mais se aproximar do Criador através da construção do Seu Reino de paz e Amor, leva a aproximação com pessoas com um apela cada vez mais generalizado. Se o que antes motivava essa aproximação era o apelo sexual, agora outros fatores se apresentam e mostram que também estão à serviço da fraternidade, da construção dessa Família Universal, sem necessariamente passar pela intimidade sexual. São pessoas que chegam com o motivo de formar uma relação, em qualquer formato, seja profissional, espiritual, comercial, lúdico, etc.. As justificativas são inúmeras e cada vez que isso acontece eu vejo que são caminhos que se abrem para a construção do Reino de Deus. O que parece exigir de minha racionalidade um esforço extra, como fazer para construir essa ligação onde todos se relacionem através de mim com o mesmo nível de solidariedade e fraternidade que tento desenvolver. Observo que a semente do egoísmo é muito mais forte que a semente de Deus que cada um possui.
O trabalho que comecei a realizar na Polishop parece um bom exemplo para isso que estou querendo dizer neste texto. De repente eu percebo que esse trabalho, vindo através de uma pessoa do meu círculo de amizade mais próximo, parece demonstrar um potencial de aglutinar pessoas mais distantes, com mais facilidade com o apelo comercial.
Dessa forma, onde quer que eu esteja, sozinho ou acompanhado, estou sempre sintonizado nessas opções que o Pai coloca ao meu alcance e tentando interpretar no que tal ação vai contribuir para o Reino que Ele espera de nós.
Fiz um texto há pouco tempo falando da dimensão dessa família ampliada que estou construindo como um protótipo da Família Universal, mas parece que tenho que fazer outro texto para atualizar aquele, falando das atuais dimensões da minha família ampliada. Talvez eu tenha que mudar o nome, retirar o “Terapia”, pois afinal de contas todos estamos nos tratando da ignorância que gera tanta doença quando deixa predominar nas ações o egoísmo. Seria conveniente tirar esse termo redundante e focar na família ampliada, fazendo considerações a cada setor.
Neste texto que apresentei nesta reunião de hoje com o grupo de Ceará Mirim, “A arte de resolver conflitos”, a lição deixada foi que deve existir o diálogo afetivo como a forma mais eficiente de digerir os conflitos. O que não falta em nossas relações humanas são os conflitos, e dentro dos meus relacionamentos tão fora da cultura, esses conflitos se tornam mais difusos e mais frequentes. Mesmo que tudo esteja sendo construído para fazer a vontade de Deus, mesmo assim o egoísmo prevalece e constrói os conflitos de natureza individualista. Devo mais que ninguém que ouviu a lição, desenvolver esse diálogo, tanto individualmente, coletivamente ou através de textos como este que estão abertos à toda a humanidade
Então, brevemente produzindo um texto com essas novas características – FAMÍLIA AMPLIADA (25) – NOVAS PERSPECTIVAS, mesmo que não cause grande impacto nas ações que estou desenvolvendo.