Tinha iniciado há seis anos a leitura do livro “Boa Nova” do espírito Humberto de Campos, através do médium Chico Xavier. Agora, sem procurar, passei a vista nele na estante e resolvi continuar sua leitura. Havia parado no segundo capítulo. Achei melhor 0começar tudo de novo, pois não lembrava do que havia lido, apesar de saber que está armazenado em meu inconsciente.
Sei que mesmo estando lembrando do conteúdo de um livro que tenhamos lido antes, mesmo assim a nova leitura sempre traz novas reflexões. Foi assim que aconteceu a partir da introdução que tinha o título “Na escola do Evangelho”. Trouxe-me uma nova compreensão das diversas histórias que sempre estão recheando os livros da linha espírita.
Diz Humberto que nas esferas mais próximas da Terra, o trabalho para aperfeiçoar os sentimentos seguindo o exemplo do Cristo, são minuciosos e extensos. Escolas numerosas se multiplicam para os espíritos desencarnados. Ele diz que se considera um discípulo humilde desses educandários de Jesus, e que reconheceu um tipo de folclore também nesses planos espirituais. Os feitos heroicos e abençoados, muitas vezes anônimos no mundo, praticados por seres desconhecidos, trazem profundas lições com energias para novas forças. Todas as expressões evangélicas, relata, têm aí, sua história viva. Nenhuma delas é símbolo superficial. Inumeráveis observações sobre o Mestre continuadores palpitam nos corações estudiosos e sinceros.
Dos milhares de episódios desse folclore do Céu, ele diz que conseguiu reunir trinta para trazer ao conhecimento do leitor neste livro. Concorda que é pouco, mas que deve valer como tentativa útil, pois está certo de que não lhe faltou o auxílio indispensável.
Ele diz uma frase que eu também já absorvi como verdade: “Hoje, não mais cogito de crer, porque sei.” Ele confessa que aquele Mestre de Nazaré, polariza suas esperanças. Uma vez, palestrando com amigos protestantes, ele notou que classificavam Jesus como a “rocha dos séculos”. Sorriu e passou sem dar importância, como os pretensos espíritos fortes de sua época. Porém hoje já não pode sorrir nem passar indiferente, sente nEle a “rocha” milenária, luminosa e sublime, que sustenta a todos que estão atolados no pântano de misérias seculares. Então, ele vem neste livro, prestar o preito de reconhecimento, cooperando com aqueles que trabalham devotadamente na Sua causa divina, de luz e redenção.
Jesus ver que no vaso imundo do meu Espírito, confessa ele, penetrou uma gota do seu amor, desvelado e compassivo. O homem perverso, que chegava da Terra, encontrou o raio de luz destinado à purificação do seu santuário. E acrescenta ainda, que Ele ampara os seus pensamentos com bondade sem limite. A ganga terrena que ainda abafa no seu coração, o ouro que o Mestre deu com sua misericórdia, mas como Bartolomeu, já possui o bom ânimo para enfrentar os inimigos da sua paz, que se abrigam dentro dele mesmo.
Reconhece que o amor do Cristo o alegra e ampara, confiando nessa proteção, trabalha e descansa.
Também Humberto cita uma frase dele mesmo que achei muito interessante e que talvez eu caminhe para ela: “Existem Espíritos esclarecidos e Espíritos evangelizados, e eu, agora, peço a Deus que abençoe a minha esperança de pertencer ao número destes últimos”.