Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
05/08/2016 00h01
MONARQUIA PARLAMENTARISTA

            Recebi o texto abaixo de um colega, que reforça a minha preferência pelo regime monarquista:

            “O parlamentarismo só dá certo com monarquia constitucional, pois o rei é apartidário, e tem o poder moderador, capaz de realmente equilibrar e fiscalizar os outros três poderes. O rei não possui vínculos com partidos políticos e seu papel é representar o estado e defender o povo de quem sua autoridade emana. O parlamentarismo republicano não funciona porque: 1) se o presidente da república for do partido ou coligação do primeiro-ministro, não haverá solução para crises; 2) se o presidente e o primeiro ministro for de partidos ou de coligações opostas, brigam eternamente entre si e a crise persiste ou se agrava e travam o país. Na monarquia parlamentarista constitucional não há esse problema, pois o rei ou imperador é apartidário e não tem interesses partidários, ele é o defensor máximo da constituição e do povo e, portanto, com seu poder moderador, não permite os graves desmandos de um sistema republicano. A república no Brasil se mostrou um fracasso desde seu surgimento e é a principal geradora de todo o sistema de corrupção! É só olhar as monarquias parlamentaristas constitucionais do mundo e comparar com as repúblicas. Poucas repúblicas escapam! Olhem para: Reino Unido, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Luxemburgo, Suécia, Noruega, Mônaco, Nova Zelândia, Austrália, Canadá, Japão, etc.... Está obvio que as monarquias parlamentaristas constitucionais funcionam e bem! O Brasil nunca dará certo como república. Não temos tradição republicana. Nossa nação não surgiu como república e, sim, como império e, foi o único período de tempo que o Brasil prestou de fato! Precisamos reaprender com a verdadeira história do Brasil! A história que a república contou sobre o Brasil Império foi a mais deturpada possível!

            (1880) O Brasil era a 4ª economia do mundo e o 9º maior império da história;

            (1860 – 1889) A média do crescimento econômico era de 8,81% ao ano;

            (1880) Eram 14 impostos, atualmente são 92;

            (1850 – 1889) A média da inflação era de 1,08 ao ano;

            1880) A moeda brasileira tinha o mesmo valor do dólar e da libra esterlina;

            (1880) O Brasil tinha a segunda maior e melhor marinha do mundo, perdendo apenas para a Inglaterra;

            (1860- 1889) O Brasil foi o primeiro país da América Latina e o segundo do mundo a ter ensino especial para deficientes auditivos e deficientes visuais;

            (1880) O Brasil foi o maior construtor de estradas de ferro do mundo, com mais de 26 mil quilômetros.

            A imprensa era livre tanto para pregar o ideal republicano quanto para falar mal do nosso imperador. “Diplomatas europeus e outros observadores estranhavam a liberdade dos jornais brasileiros” conta o historiador José Murilo de Carvalho. “Schreiner, ministro da Áustria, afirmou que o imperador era atacado pessoalmente na imprensa de modo que causaria ao autor de tais artigos na Europa, até mesmo na Inglaterra, onde se tolera uma dose bastante forte de liberdade, um processo de alta traição. “Mesmo diante desses ataques, D. Pedro II se colocava contra a censura. “Imprensa se combate com imprensa”, dizia.

            Quanto as minhas opiniões políticas, tenho duas: uma impossível, outra realizada. A impossível é a república de Platão. A realizada é o sistema representativo (a monarquia). É sobretudo como brasileiro que me agrada esta última opinião, e eu peço aos deuses (também creio nos deuses) que afastem do Brasil o sistema republicano, porque esse dia seria o do nascimento da mais insolente aristocracia que o sol jamais alumiou”. Machado de Assis, escritor e fundador da Academia Brasileira de Letras.

  1. A média nacional do salário dos professores estaduais de ensino fundamental em (1880) era de 8.958,00 em valores atualizados;
  2. Entre 1850 e 1890, o Rio de Janeiro era conhecido na Europa como “A cidade dos pianos” devido ao enorme número de pianos em quase todos os ambientes comerciais e domésticos;
  3. O bairro mais caro do Rio de Janeiro, o Leblon, era um quilombo que cultivava camélias, flor símbolo da abolição, sendo sustentado pela Princesa Isabel.
  4. O maestro e compositor Carlos Gomes, de “O Guarani” foi sustentado por Pedro II até atingir grande sucesso mundial;
  5. Pedro II tinha o projeto da construção de um trem que ligasse diretamente a cidade do Rio de Janeiro a cidade de Niterói. O projeto em tramite até hoje nunca saiu do papel;
  6. Pedro II mandou acabar com a chamada Dragões da Independência por achar desperdício de dinheiro público. Com a república a guarda voltou a existir;
  7. Em 1887, Pedro II recebeu os diplomas honorários de Botânica e Astronomia pela Universidade de Cambridge;
  8. Desconstruindo boatos, D. Pedro II e o Barão/Visconde de Mauá eram amigos e planejaram juntos o futuro dos escravos pós-abolição. Infelizmente com o golpe militar de 1889 os planos foram interrompidos;
  9. Oficialmente a primeira grande favela na cidade do Rio de Janeiro, data de 1893, 4 anos e meio após a Proclamação da República e cancelamento de ajuda aos ex-cativos;
  10. D. Pedro II tinha 1,91m de altura, quando a média dos homens brasileiros era de 1,70m e mulheres 1,60m;
  11. Na época do golpe militar de 1889, D. Pedro II tinha 90% de aprovação da população em geral. Por isso o golpe não teve participação popular.
  12.  José do Patrocínio organizou uma guarda especialmente para proteção da Princesa Isabel, chamada “A Guarda Negra”. Devido a abolição e até mesmo antes na Lei do Ventre Livre, a princesa recebia diariamente ameaças contra sua vida e de seus filhos. As ameaças eram financiadas pelos grandes cafeicultores escravocratas;
  13. O Paço Leopoldina localizava-se onde atualmente é o Jardim Zoológico.
  14. O terreno onde fica o Estádio do Maracanã pertencia ao duque de Saxe, esposo da Princesa Leopoldina;
  15. Santos Dumont almoçava três vezes por semana na casa da Princesa Isabel em Paris;
  16. A ideia do Cristo na montanha do Corcovado partiu da Princesa Isabel;
  17. A família imperial não tinha escravos. Todos os negros eram alforriados e assalariados, em todos imóveis da família;
  18. D. Pedro tentou ao parlamento a abolição da escravatura desde 1848. Uma luta contra os poderosos fazendeiros por 40 anos;
  19. D. Pedro II falava 23 idiomas, sendo que 17 era fluente.
  20. D. Pedro II doava 50% de sua dotação anual para instituições de caridade e incentivos para educação com ênfase nas ciências e artes;
  21. D. Pedro Augusto Saxe-Coburgo era fã assumido de Chiquinha Gonzaga;
  22. Princesa Isabel recebia com bastante frequência amigos negros em seu palácio em Laranjeiras para saraus e pequenas festas. Um verdadeiro escândalo para a época;
  23. Na casa de veraneio em Petrópolis, Princesa Isabel ajudava a esconder escravos fugidos e arrecadava numerários para alforriá-los;
  24. Os pequenos filhos da Princesa Isabel possuíam um jornalzinho que circulava em Petrópolis, um jornal totalmente abolicionista;
  25. D. Pedro II recebeu 14 mil votos na Filadélfia para a eleição Presidencial, devido sua popularidade. Na época os eleitores podiam votar em qualquer pessoa nas eleições;
  26. Uma senhora milionária do sul, inconformada com a derrota na guerra civil americana, propôs a Pedro II anexar o sul dos Estados Unidos ao Brasil. Ele respondeu literalmente com dois “Never” bem enfáticos;
  27. Pedro II fez um empréstimo pessoal a um banco europeu para comprar a fazenda que abrange hoje o Parque Nacional da Tijuca. Em uma época que ninguém pensava em ecologia ou desmatamento, Pedro II mandou reflorestar toda a grande fazenda de café com mata atlântica nativa;
  28. A mídia ridicularizava a figura de Pedro II por usar roupas extremamente simples, e o descaso no cuidado e manutenção dos palácios da Quinta da Boa Vista e Petrópolis. Pedro II não admitia tirar dinheiro do governo para tais futilidades. Alvo de charges quase diárias nos jornais, mantinha a total liberdade de expressão e nenhuma censura;
  29. Thomas Edison, Pasteur e Graham Bell fizeram teses em homenagem a Pedro II;
  30. Pedro II acreditava em Allan Kardec e Dr. Freud, confiando o tratamento do seu neto, Pedro Augusto. Os resultados foram excelentes deixando Pedro Augusto sem nenhum surto por anos;
  31. D. Pedro II andava pelas ruas de Paris em seu exílio sempre com um saco de veludo no bolso com um pouco de areia da Praia de Copacabana. Foi enterrado com ele.
Publicado por Sióstio de Lapa
em 05/08/2016 às 00h01