Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
07/08/2016 09h44
CONFLITO DE GÊNEROS

            No eterno conflito homem-mulher está a diferença de gêneros nos quais fomos formados. Não somos iguais, nem na biologia, nem no psiquismo. Temos interesses e estratégias diferentes para a sobrevivência. Não existe a possibilidade de direitos iguais, pois temos que respeitar essas diferenças. Como dar o mesmo direito de maternidade ao homem se apenas a mulher pode parir? Como dar o mesmo direito de usar o mictório vertical à mulher se apenas o homem pode urinar em pé sem se molhar ou fazer acrobacias?

            Algumas mulheres querem “namorar” tanto quanto o homem, sem saber que o homem possui milhões de espermatozoides para fecundar em cada relação sexual, enquanto elas possuem apenas um único óvulo a cada mês. Se a mulher conquistasse este mesmo direito, seria a grande prejudicada, pois parceiros para ela com certeza não iria faltar, mas ela não teria a garantia de quem seria o pai da provável criança que fosse gerada, portanto, teria o mesmo prazer que o homem durante o ato sexual, mas ficaria sozinha com o ônus de desenvolver uma criança no útero e a sua sobrevivência e educação pós-parto.

            A Bíblia tentou atenuar esse conflito, colocando uma hierarquia dentro da relação. O homem seria a cabeça do casal, isto é, ele é quem tomaria as principais decisões (Esposas, cada uma de vós respeitai ao vosso marido, porquanto sois submissas ao Senhor; porque o marido é o cabeça da esposa, assim como o Cristo é o cabeça da Igreja, que é o seu Corpo, do qual Ele é o Salvador. Assim como a igreja está sujeita a Cristo, de igual modo as esposas estejam em tudo sujeitas a seus próprios maridos. - Efésios, 5: 22-24). Muito justo, entendendo que no homem é onde está a força física, última instância para a resolução de conflitos. Caso haja algum conflito dentro da relação, é o homem pela força física que impõe a sua opinião. Não é à toa que os homens pré-históricos escolhiam suas mulheres, batiam logo com os tacapes em suas cabeças e as levavam arrastadas pelos cabelos paras suas cavernas. Claro, o processo civilizatório criou mecanismos onde essa barbárie masculina não possa existir, mesmo que ainda existem falhas e essa violência ainda seja muito comum.  

            Portanto, de posse dessas informações, o homem moderno e espiritualizado, irá saber que é detentor da força física, mas por questões éticas deve respeitar os princípios de solidariedade, onde a mulher está colocada como um ser humano, espiritualmente equiparada ao homem, com aspirações e vontades próprias para conduzir a sua vida. Deve saber que, por uma questão de hierarquia, algum membro do companheirismo, quer seja casados ou não, deve assumir o comando, que nesse caso cabe ao homem. Por isso, o homem deve colocar bem claro, mesmo antes do amor romântico que possa ter desenvolvido pela companheira, quais são os seus projetos de vida, para que a mulher consiga avaliar se isso não é muito diferente do que ela pensa e que pode seguir esse projeto. Não cabe a mentira dentro desse projeto de companheirismo, por nenhuma das parte, pois isso irá destruir a relação de confiança. O homem não pode mentir sobre o que deseja fazer ou construir, ou mesmo o que pode fazer fortuitamente, mesmo sem planejamento; a mulher não pode mentir, dizendo que irá seguir os caminhos do seu companheiro e logo em seguida ficar a reclamar, protestar e se amargurar por seus próprios desejos não estarem sendo seguidos.

            Com esta compreensão podemos esperar que os relacionamentos de companheirismos, casados ou não, sejam mais firmes no futuro.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 07/08/2016 às 09h44