Na gênese profunda dos transtornos mentais vamos observar a hereditariedade como um dos principais fatores. Relacionado com problemas na transcrição do conteúdo genético, surgem erros como a Síndrome de Down, que a ciência não consegue curar. Também podemos observar alterações na química cerebral que pode ser causada por comportamentos inadequados, como uso de drogas lícitas (álcool) ou ilícitas (maconha), gerando dependência química e mutilação dos objetivos espirituais. As sequelas de doenças infecciosas também podem chegar a afetar o cérebro, como a raiva, doença infecciosa que pode se tornar letal quando chega a atingir o cérebro e alterar profundamente o comportamento. Os distúrbios psicossociais aparentemente não lesam o cérebro, mas podem causar tamanho estresse que geram atos de auto (suicídio) ou hetero-destruição (assassinato), como os conflitos conjugais, de separação ou traição. Finalmente, os traumatismos cranianos decorrentes de acidentes, principalmente de trânsito, que muitas vezes não são causados pela vítima, mas que podem lesar tão profundamente o cérebro que este pode permanecer em coma muito tempo, ou definitivamente.
Também não podemos deixar de considerar a fragilidade de personalidade, que favorece a desarmonização neurótica ou psicótica do indivíduo, com fixações negativas, Transtorno Obsessivo Compulsivo, Fobias e Depressão. O Transtorno da Personalidade Borderline pode mostrar com clareza essa fragilidade da personalidade que se mantém sobre a corda banda da normalidade x doença.
Quando passamos a investigar esses casos com a sonda da pesquisa, não devemos esquecer a conduta ancestral registrada nos atavismos inconscientes, as reencarnações passadas com a geração de responsabilidades a serem expiadas, o nível de evolução observada no indivíduo, que segue a trilha instinto-razão-intuição, os conhecimentos e sentimentos que estão armazenados na consciência, e, finalmente, qual o nível da marcha ascensional que a pessoa se encontra.
Não esquecer que a lei de Deus está impressa na consciência, que a sua violação vai gerar o automatismo corretivo para o devido ressarcimento dos prejuízos causados, e assim se constrói o patrimônio moral sobre o processo de recuperação. A reeducação que se obtém com os processos da reencarnação são fundamentais para essa finalidade.
Vamos observar que os mecanismos de reparação, fundamentais para nossa evolução espiritual, estão representados pela família apropriada onde fomos colocados, pelo mapa genético que ganhamos, pelos recursos orgânicos decorrentes, incluindo a participação efetiva de inúmeros neurotransmissores. Tudo isso capitaneado pela modelação do perispírito que é onde estão guardados todas as memórias necessárias para o devido ressarcimento do que é devido.
Depois de todo esse trabalho ter sido realizado, adquirimos o corpo necessário para orientar a conduta, no sentido de recuperar a saúde espiritual e evitar o agravamento da mazela cármica que adquirimos. As exceções que podemos observar ao trabalho consciente que o espírito deve fazer, é quando a expiação é tão grave que o psiquismo não pode funcionar dentro da lógica e coerência, como é o caso dos pacientes portadores de Retardo Mental, Autismo, ou doenças alienantes. A sociedade organizada e solidária é quem tem que fazer esforços para incluir essas pessoas.
Os mecanismos terapêuticos que devem ser usados, deve alcançar o ser real, o ser espiritual e não ficar focado apenas na correção de desvios biológicos da norma. A mudança de atitude interior e conduta mental são fundamentais para a renovação com prosseguimento de uma existência útil.
Nos transtornos psíquicos deve ser olhado de onde vem sua procedência, observar o Ser profundo, o comportamento das pessoas que foram vítimas ou dos seus cúmplices, que justificam o pensamento em desalinho, a consciência culpada, e os quadros obsessivos dentro dos diversos transtornos mentais.
O terapeuta não deve esquecer que as descargas mentais desarmônicas promove excesso ou diminuição de neurotransmissores, que podemos aliviar os efeitos sintomáticos com o uso dos psicofármacos, para diminuir a ação elevada da dopamina, com o haloperidol, ou aumentar a função diminuída da serotonina com a fluoxetina, por exemplo. Mas essa ação química e farmacológica com objetivos terapêuticos, jamais irá corrigir a causa básica que o originou. O encontro com as vítimas durante o sono pode ser trabalhado durante a vigília com a participação da pessoa comprometida num centro espírita que lhe oriente quanto a essa necessidade de compreensão do tipo de erro que foi feito e que merece correção. Muitas vezes a lembrança forte do sepultamento em outras vidas são motivos inconscientes para gerar fortes distúrbios psicológicos. A captação telepática das mensagens dos adversários, principalmente dos desencarnados, causam forte impacto emocional na consciência e que geralmente causam os sintomas obsessivos, a perda do controle e do direcionamento na vida.
A renovação interior é ação fundamental para promover a recuperação da pessoas dos seus transtornos psíquicos. Fazer o resgate dos erros admitidos pela consciência, a sintonia vibratória com as vítimas do passado numa atitude de humildade e reconciliação que envolve a virtude do perdão, e ter a ajuda tanto da ciência quanto do espiritismo para erradicar definitivamente o mal de nossas almas.