A maioria dos sonhos se originam do subconsciente. Eles revelam muito a respeito do indivíduo. São acontecimentos e observações memorizados desde a infância e liberados nessa oportunidade em que a pessoa dorme e que tem uma aparência variada dentro dos estímulos que os provocam.
Podemos considerar dentro do subconsciente a matéria prima dos sonhos, que pode ser ruim ou boa. A matéria prima ruim é feita de anseios e medos não digeridos suficientemente pela cognição intelectiva; são ocorrências vivenciadas, mas não compreendidas; palavras e gestos agressivos; educação castradora; e interrogações sem respostas. O sonhar permite que cada um e todos nós entremos num mundo que parece louco, mas silenciosamente e com segurança, a cada noite de nossas vidas.
A matéria prima boa é feita de impressões agradáveis e salutares que temos ao nosso redor, os sucessos e alegrias, as aspirações realizadas, e os desejos satisfeitos.
Além disso, temos que reconhecer a força da libido nesse processo, tanto de armazenamento quanto de emergência, liberação. Os desejos, frustrações e impulsos contidos ou mal direcionados e liberados em excesso, são fortes componentes nas estruturas dos sonhos. A liberação imediata desses conteúdos depende de algum tipo de exaltação, de estresse, depressão e fobias.
Mas nós não estamos inevitavelmente à mercê dos sonhos. Podemos fazer uma programação deles, sabendo cultivar de forma consciente o material pensante. O subconsciente serve como depósito das memórias daquilo que podemos controlar através dos pensamentos e ações. O subconsciente serve como um depósito sem crítica ou discernimento, tem apenas uma função estática. O discernimento da consciência deve nos servir de guia e a função de um terapeuta nesse contexto será muito mais para desenvolver os germes criativos existentes dentro da mente, associados à centelha divina deixada pelo Criador, do que propriamente trata-lo.
Para desenvolvermos sonhos bons, devemos fazer uma programação e racionalizar todo material perturbador que for encontrado, agindo de forma lúcida e sem bloqueios. Assim podemos dar um tipo de ordens ao subconsciente, antes de dormir procurar fixar as ideias agradáveis e positivas e visualizar aquilo com que se deseja sonhar. A oração é uma boa forma de se fazer isso. Quando fazemos prece, buscamos o equilíbrio emocional, vivenciar o amor, o perdão, o altruísmo, ligando-se a valores positivos e sintonias superiores.
A persistência nessas ações é fundamental. Manter sempre repetições sucessivas e positivas com o objetivo de diluir a angústia dos processos perturbadores que estão arquivados no subconsciente. Isso abre as possibilidades de intercâmbio com as energias das consciências positivas que circulam também ao nosso redor. Estaremos atraindo as sensações do conforto, beleza e apoio.
Outro fator que não podemos esquecer é o tempo e o esforço que devemos fazer para promover a mudança na mente da paisagem perniciosa. Mesmo sabendo que, vez por outra, vai existir uma invasão na mente das ideias-hábito perniciosas. Essa é a condição do dependente químico quando está no processo de reparação, pois sofre invasão dessas ideias-modelo e vai de forma compulsiva em busca da droga. Mas, devemos enfrentar a origem das condições que levam à compulsão e voltar amoroso ao pensamento de paz e harmonia anterior.
Que fazer para a pessoa se capacitar para atingir essa condição de mudança, de limpar, ou melhor, encher o subconsciente de memórias positivas para que as influências negativas seja soterradas? Primeiro, ter consciência das estruturas energéticas da mente, da função estática e armazenativa do subconsciente, aprofundar as recordações, eliminar temores e angústias, corrigir modelos que no passado nos surgia como corretos, ser positivo, e manter sempre afinidade com a ética, usando nos momentos mais difíceis a bússola comportamental que o Mestre nos ensinou: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Não esquecer a principal ferramenta psicológica para alcançarmos a mudança do panorama mental do nosso subconsciente: a prece. Quando orarmos devemos pedir os bens mais preciosos, que nos propicie a evolução espiritual. Dentre esses bens podemos citar: a paciência, a fé, a resignação, e a melhoria moral. Temos a inteligência e a razão para sabermos que devemos dirigir o nosso comportamento, as nossas ações. Roguemos sabedoria ao Pai para decidir sobre o que é correto pedir.
Deus está sempre onde Ele ver boas intenções