Ao ler a abertura da revista Ultimato de set-out/2016, feita por E. César, e baseada em Ez 13.10, fiquei confuso com a opinião do autor num determinado trecho:
Como se pode dizer que o Brasil vai bem se “a Lava Jato ameaça transformar o país numa imensa jaula onde todos ficaremos presos e difamados” (Carlos Heitor Cony)? Se o Jornal The New York Times sugere que o Brasil deve ganhar medalha de ouro em corrupção, e o ministro de nosso Supremo Tribunal Federal diz que a corrupção se tornou “uma espantosa regra”?
Então, o problema da corrupção é devido aos investigadores e juiz da Lava Jato? Então, todos, inclusive eu, ficaremos presos e difamados? Então, devemos receber com orgulho essa medalha de ouro da corrupção? Então, devemos acatar como certa a espantosa regra da corrupção?
Acredito que a intenção dos autores não era responder afirmativamente a essas indagações, mas foi muito infeliz na primeira, pois todos os brasileiros não correm o risco de serem presos e difamados numa imensa jaula. Tenho certeza que eu, e acredito que os autores também não correm esse risco. Acredito que tenha sido apenas uma frase mal elaborada. Poderia ter sido escrita assim: “Como se pode dizer que o Brasil vai bem, se os corruptos em cargos de poder ameaçam paralisar a Lava Jato que tenta moralizar o país?
Assim poderíamos ter uma melhor compreensão do texto e reforçar a frase final:
Por causa dessa mensagem sem cabimento, o povo não deu ouvidos às vozes de Isaías, Jeremias, Ezequiel e outros. Então, a guerra, a fome, e a doença deram cabo deles!
Afinal, era isso que Ezequiel queria advertir contra os falsos profetas que usam a mentira em seus discursos e que sempre levam a guerra, a fome e a doença ao povo que acreditam neles, e não percebem o enriquecimento ilícito que eles promovem para si, seus familiares e amigos.