Sióstio de Lapa
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Meu Diário
18/09/2016 23h59
AS OVELHAS PERDIDAS

            As ovelhas podem sair do redil e se perderem no mato, nas montanhas, nas pedras, sem conseguirem encontrar mais o caminho de volta. É necessário que o pastor vá à sua procura e a conduza de volta. Este é o exemplo que o Cristo apontou na sua famosa parábola do Bom Pastor ou A ovelha perdida.

            Qual seria a lição que o Cristo queria que aprendêssemos com essa parábola? Não é que tenhamos de ir à procura de um irmão que se perdeu pelos caminhos físicos da vida e traze-lo de volta ao seu lar. Muitos estão perdidos na vida, mas continuam morando dentro de casa. A perdição tem mais sentido no caminho psicológico que leva a pessoa a se comportar de forma antiética.

            Lembro que a maioria dos adolescentes tem uma visão positiva da vida e desejam que a ética prevaleça nas relações sociais. Acontece que com o passar do tempo, a maioria passa a aceitar novos conceitos e valores, quando assumem suas profissões e cargos, e terminam por saírem do caminho ético. É neste ponto que essa “ovelha” se perde e entra em caminhos errados, contrários à ética, à justiça e a solidariedade. Deixa prevalecer os instintos egoístas de sua natureza animal e passa a acumular recursos para beneficiar a si e a sua família e amigos, em detrimento de uma grande quantidade de pessoas que se tornam prejudicados por tal ação. Isso é o que aconteceu no Brasil atual, quando um partido político, o PT, que antes se comportava como um grande guardião da ética e logo que assumiu o poder passou a fazer tudo aquilo que condenava. O líder maior entrou nos caminhos errados, se tornou a ovelha perdida, e conduziu com ele diversas outras que pensavam ser o correto, ou então consideravam os atos criminosos como importantes e necessários para se atingir determinada meta.

            Também podemos observar a perdição de ovelhas num ambiente menor, na família, por exemplo. Tudo começa com a mentira que evita a descoberta de atos antiéticos. Digamos que o marido não resiste à tentação e passa a se relacionar sexualmente com outra pessoa, sem o conhecimento da esposa, e sem que ela saiba que existia essa possibilidade. Isso estabelece um crime, o adultério, algo que nenhum dos dois podia fazer. Essa ovelha se encontra perdida do ponto de vista ético. No entanto, a maioria dos homens casados tem essa disposição, de cometer esse crime, de se perder em caminhos errados, contrários à ética. Seria melhor que ele revelasse a disposição de sair com outras pessoas, mas como ele teria por justiça dar o mesmo direito à mulher, e como ele mantem o sentimento machista da mulher pertencer somente a ele, e que não deve ter o mesmo direito às aventuras extraconjugais, se forma assim a perdição dessa ovelha.

            O caso complica mais quando a mulher descobre o que está acontecendo e desenvolve um função disso um grande ódio, incapaz de ser perdoado. A mulher entra por esse motivo em caminhos errados, considerando a ética cristã, que não devemos condenar ninguém e que devemos perdoar setenta vezes sete.

            Isso mostra que os motivos que levam uma pessoa a se perder dos caminhos corretos, geralmente induzem a outras pessoas a fazerem o mesmo, qualquer que seja o contexto, político, profissional, familiar, etc.

            A lição do Cristo pretende prevenir que entremos em caminhos errados, que consigamos resistir aos desejos egoístas, e que tenhamos força para não reagir de forma errada com quem pratica o erro ao nosso redor, quer nos beneficie ou prejudique. Evita que nos tornemos ovelhas perdidas.

            Por outro lado, devemos estudar com afinco essa lição e nos fortalecer para não cairmos nos erros e, mais ainda, devemos ser capazes de ir em busca das ovelhas perdidas e traze-las de volta ao redil, isso é, mostrar o caminho errado que ela tomou, quer seja direta ou indiretamente, e da vantagem de praticar as lições do Cristo.

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 18/09/2016 às 23h59