Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
26/09/2016 10h22
NOVAS PROFECIAS

            A Bíblia está cheia de textos referente aos profetas, pessoas que falavam sobre a vontade de Deus, que orientava os homens. Após a vinda de Jesus e o registro do seu Evangelho, observamos que existem relatos daquelas pessoas mais próximas do Cristo, os atos dos apóstolos, principalmente os textos de Paulo na criação das primeiras igrejas.

            Depois disso não observamos nenhuma escrita de novos profetas, há mais de 1000 anos. Será que os homens não necessitam mais das informações sobre a vontade de Deus, enviada por seus escolhidos? Será que a vinda de Jesus com suas lições sobre o Amor, foi suficiente para dispensar a participação de novos profetas?

            Procuro acreditar nisso, pois quem se dispuser a seguir as lições do Cristo estará intimamente ligado a Deus, receberá a voz instrutiva dEle na própria consciência. Não terá necessidade de profetas externos. Mas acontece que a maioria das pessoas ainda permanecem na ignorância, muitos não conhecem nem ao Cristo, outros conhecem, mas não querem aprender suas lições; uma pequena parcela tenta estudar, frequentar os templos, mas não conseguem aplicar na vida pessoal os requisitos do Amor Incondicional, condição indispensável para ter acesso a Deus, vivem uma vida recheada de hipocrisia.

            Apenas uma pequeníssima parcela da humanidade procura seguir com coerência as lições de Jesus e aplicar nos seus relacionamentos a ética do amor Incondicional. Por esta ética, devemos nos aperfeiçoar e procurar ajudar ao próximo no seu aperfeiçoamento, qualquer que seja a sua dificuldade, seja ignorância ou hipocrisia. Imagino que essas pessoas com essas dificuldades não consigam ter o acesso necessário a Deus para conhecer a Sua vontade, pois ainda não tem disposição de praticá-las. Nesse caso, os reconhecidos filhos de Deus por tentarem fazer a Sua vontade, tem uma responsabilidade extra que está associada ao seu projeto evolutivo: além de cuidar da faxina consciencial, retirando do arquivo de suas memórias, do coração, todos os aspectos negativos que estão contra o sentido do Amor Incondicional, devem também se esforçar para ajudar o próximo.

            Neste sentido é que imagino a necessidade da atuação dos novos profetas, não no sentido de preparar para a vinda do Messias, pois este já chegou, viveu entre nós e deixou o registro de suas lições. Os novos profetas devem ensinar com amor, tolerância, coerência e justiça, como construir a fraternidade universal, o Reino de Deus ensinado por Jesus, a partir da correção dos nossos comportamentos egoístas.

            Neste sentido é que vejo a necessidade do surgimento de novos profetas, não para sinalizarem a vinda do Filho de Deus como antes, mas para reforçar a vontade do Pai aqui na Terra, para que possa ser construído o Seu Reino como Jesus ensinou. Esses novos profetas devem surgir revestidos com a autoridade de conhecer e procurar seguir, na sua vida pessoal, todos os princípios do Amor Incondicional, com a máxima de coerência possível à sua inteligência e sabedoria. Ser forte o suficiente para agir com humildades com as pessoas fragilizadas, muitas vezes na miséria pela pobreza, e ao mesmo tempo ser firme com os abastados, muitas vezes miseráveis pela riqueza.

            Os gritos que venham de qualquer que seja a direção, jamais deverão ser seguidos e reproduzidos sem a devida consulta aos prós e contras, ao contraditório, e com coragem colocar o posicionamento mais coerente com o Amor Incondicional. Os novos profetas irão encontrar desafios constantes ao seu redor, pois o egoísmo ainda prevalece na humanidade, a hipocrisia e todos os instintos associados à sobrevivência individual, ao sucesso financeiro, político e reprodutivo.

            Os novos profetas já são cidadãos do Reino de Deus e são reconhecidos, como antes, por se amarem uns aos outros, e fazer disso uma constante com o próximo. As falas e os textos que esses novos profetas construírem, sempre terão o objetivo, com coerência e justiça, compreensão e fraternidade, de retirar o irmão da ignorância ou da miséria, seja da pobreza humilhante, seja da riqueza opulenta.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/09/2016 às 10h22