Fiquei a refletir no texto que postei ontem, sobre os Midi-chlorians, organismos microscópicos que vivem nas células de todas as coisas vivas. Segundo o roteiro do filme “Guerra nas Estrelas”, são os Midi-chlorians presentes no sangue que determinam a sensibilidade de um ser para a Força. Toda a energia da Força Viva, de todas as coisas vivas que tenham existido, alimenta a Força Cósmica, ligando tudo e se comunicando através desses midi-chlorians.
Acho muito parecido os Midi-chlorians com a centelha divina que Deus colocou dentro de nossa criação enquanto ser espiritual. Por mais que eu esteja num corpo carnal, formado pela matéria que gera os instintos egoístas da sobrevivência, eu tenho comigo a centelha divina que motiva o meu livre arbítrio em seguir direção diferente do individualismo, em direção à fraternidade, à solidariedade, ao Reino de Deus.
No roteiro do filme, os Midi-chlorians são partículas materiais que correm no sangue. Difere da centelha que Deus nos deu, que tem natureza espiritual e corre em toda a energia que banha todas as células, órgãos e sistemas corporais. A nossa consciência necessita apenas de um esforço intelectivo para justificar a sua presença na estrutura do nosso ser e desenvolver as energias do coração para ela ser reproduzida, fortalecida e manifestada pelas ações externas.
Em nosso mundo real, a Força é adquirida a partir do momento que conseguimos absorver o Amor de Deus que está expresso em toda a Natureza e conseguimos devolver à essa mesma Natureza, fazendo uma seleção para aplica-la nas instâncias mais necessárias, nos seres vivos mais carentes e ameaçados.
Por esse motivo podemos dizer que aquela pessoa que é capaz de praticar o Amor Incondicional, de perdoar o próximo entendendo a ignorância que ele ainda possui, esta pessoa é a mais forte, pois agindo assim mostra que ela consegue absorver a Força de Deus e aplica-la de acordo com a Sua vontade.
Caso tenhamos o propósito de identificar com mais precisão o local onde podemos encontrar essa centelha divina, a consciência é o mais provável. A estrutura biológica deve receber apenas os efeitos dessa energia e não ser o local de armazenamento. Se fosse dessa forma, ao desintegrar-se o corpo pelo processo da morte biológica, essa centelha também desapareceria, como acontece com o duplo etérico, a camada energética mais próxima do corpo. A centelha divina que nos pertence estando localizada na consciência, passa a ter a imortalidade devida ao Espírito, e pode ser renovada nos corpos materiais inúmeras vezes, até alcançarmos a perfeição para a qual estamos destinados.
Entendemos também, dessa forma, que o nosso aprendizado consciencial, através da influência da centelha divina, poderá ser realizado tanto aqui no mundo material, quanto no mundo espiritual. E realmente, os espíritos que estão do lado de lá, sempre estão a nos informar que isso acontece. O exemplo mais claro é o de André Luiz, que nos informou didaticamente, através da mediunidade de Chico Xavier, como aconteceu a sua evolução no mundo espiritual.
Então, tudo se resume em diluirmos a nossa ignorância ao longo do tempo, das múltiplas reencarnações, e procurar cumprir a vontade de Deus em cada uma delas, entendendo o Amor Incondicional como a Força presente em todos os recantos do Universo. Essa Força se confunde com a essência do próprio Deus, e podemos fortalece-la dentro de nós ao aplica-la na prática, em todos os relacionamentos que são possíveis dentro dos aspectos da Natureza onde estamos inseridos, principalmente nas relações com o próximo mais próximo de nós.