A opinião dos outros é um forte elemento de influência na mente de cada pessoa. Geralmente aborda a questão da aparência, das conquistas materiais, do convívio social e das disputas sem significado. Como essas opiniões são geralmente carregadas de negativismo, a pessoa pode ficar presa, dependente dos critérios dos outros, perde a liberdade de sentir o que seu coração deseja, com independência.
Essa atenção voltada às opiniões dos outros, deixa a pessoa ignorante da realidade do seu Eu, do potencial interno que possui e que precisa desenvolver. Ela fica a buscar a verdade do que ouve na opinião dos outros e se descuida de procurar dentro de si a própria verdade, aquilo que está mais coerente com seus paradigmas de vida, ao invés de procurar entender os paradigmas de outras pessoas que geralmente não se ajustam a sua verdade. Lembrar sempre que, aquilo que se busca (a opinião dos outros), é isso que vamos encontrar; e, aquilo que nos descuidamos (nossa verdade), nós a perdemos.
Isso pode levar a pessoa a desenvolver uma ótica pessimista, que transforma a existência difícil, não encontra os parâmetros da realidade da sua própria existência, desenvolve a autocompaixão, depressão e infelicidade. O pessimista passa a ser uma pessoa que, independentemente do presente, está decepcionado com o futuro que ainda não chegou e vive uma realidade fictícia, enfraquecendo a autoestima.
Quando a autoestima está enfraquecida, esmaecida, a pessoa fica sintonizada preferencialmente com a ruina da sua jornada de vida, com pensamentos derrotistas, ócio físico e mental, e não faz esforço para mudar esse estado de coisas. Mantem uma postura constante de murmurações contra a vida que leva, sem perspectivas de melhorar.
A vida apresenta para todos suas dificuldades, cada um de forma diferente. É como se fosse um imposto cobrado pelo direito de viver. Se manifesta na forma de ocasiões severas, circunstâncias penosas, enfermidades, acidentes. Não podemos ficar a murmurar contra esses fatos que necessariamente vão ocorrer, com todos, de formas diferentes. Ao se aceitar as dificuldades da vida, brota a paz interior, que produz força e serenidade de caráter.
Mas não são apenas o imposto que devemos pagar para viver. Quando cometemos algum erro, a vida nos cobra as multas, que podem chegar na forma de miséria socioeconômica, comprometimento físico ou degenerações mentais e morais. Os erros que cometemos e que não podem ser pagos na atual vivência, são transportados para o mundo espiritual através de lesão do perispírito e retorna nas outras vivências como lesão no corpo. São as chamadas doenças cármicas que podem ser orgânicas, leves, moderadas ou severas; ou podem ser mentais, tanto como lesão no órgão (cérebro) ou na execução (pensamentos e comportamentos).
Devemos fazer o exame constante de nós mesmo. Avaliar qual é a nossa constituição física e mental, quais são os objetivos que deverei alcançar, quais os meios que posso utilizar, e onde é a fonte dos recursos para essa operação acontecer. Os bons sentimentos devem sempre ser cultivados, pois eles permitem grande produção de fluidos vitais mantendo as telas dos chakras limpas.
As matrizes das ações devem assim ser constituídas, com os bons pensamentos, eliminando as ideias perniciosas que surjam, promovendo o autodescobrimento, e interrogar-se cada vez mais sobre o que pode estar oculto na intimidade do nosso ser. É como se a nossa mente fosse um enorme funil, captando tudo que acontece ao nosso redor e dentro de nós, e deixamos sair pelo cano depois de tudo ser filtrado, pensamentos e sentimentos que podem ser associados a sucesso ou fracasso. Daí surgem as palavras, ações, crenças, o modelo mental que geram os comportamentos e voltam a entrar pela boca maior do funil... e assim repetidamente. Se os pensamentos e sentimentos estiverem sintonizados com o sucesso, a pessoa irá lentamente aperfeiçoando o seu campo mental e concomitantemente a sua vida global, corpo e espírito.
Para isso acontecer devemos ter uma vigília constante, evitando os hábitos prejudiciais, a censura aos outros, a autopunição, autodesvalorização, a inveja e o ciúme. Essa auto educação é que promove uma boa evolução. As experiências, vivências, conhecimentos e intelectualização, penetram no psiquismo global e daí pode sair uma evolução estacionada ou acelerada. Se a pessoa está sem vigilância, sem oração, prevalece o orgulho, egoísmo e comodismo – uma evolução estagnada; se a pessoa está vigilante e em oração, prevalece a tolerância, solidariedade e o amor – uma evolução acelerada.
Reconhecer todos esses aspectos e caminhar com eles, significa ir em direção à vitória espiritual, a busca do triunfo, a reação positiva às inquietações, ter entusiasmo, resistência moral, pode errar, mas não fica preso às lamentações, reconhece o valor da aprendizagem, tem confiança no Criador e permanece humilde na sua caminhada, mesmo que seja aquinhoado com valores e virtudes diversas.