Segundo as atuais informações do campo espiritual o Brasil está designado para ser o Coração do Mundo e Pátria do Evangelho. A avaliação crítica dessa mensagem considera como viável essa informação, afinal nós somos um povo de essência religiosa, mesmo que no campo político e cultural prevaleça ainda o comportamento egoísta alicerçado na prática da corrupção.
Para nos credenciar e sermos a pátria do Evangelho, e iniciar a construção do Reino de Deus nas relações sociais, é importante que esse comportamento negativo seja eliminado a começar pela limpeza feita em nossos próprios corações, cada um fazendo a sua faxina interior, a chamada Reforma Íntima.
Isto deve ser uma ação política, como toda ação que visa influenciar e determinar o comportamento social. Mas como praticar o Evangelho numa sociedade como o Brasil atual, onde os líderes se dividem em partidos políticos que usam a verdade como uma escamoteação dos seus projetos egoístas? Não importa que sejam da esquerda ou da direita, comunistas ou liberais, todos parecem escantear a verdade quando essa é nociva e usá-la como uma arma contra o adversário, quer seja uma verdade pura ou transformada.
Para agir no sentido de transformar o Brasil na Pátria do Evangelho, é preciso que seja trabalhado apenas a verdade pura, mesmo que esta traga prejuízos para quem a use.
Não vou dizer que todos os políticos, em todos os partidos, estejam agindo dessa forma, escamoteando a verdade e lutando pelos seus próprios interesses, não tenho essa capacidade cognitiva de entrar nesse mérito. O que posso dizer é que, de todos os políticos que conheço sempre observo algo que vai de encontro ao Amor Incondicional e assim sendo vai de encontro à construção do Reino de Deus, já que a fonte de energia que deve construir esse Reino deve sempre surgir do Amor Incondicional.
A aplicação do Amor Incondicional não está em nenhum programa partidário, muito menos dentro das famílias ou escolas. Todos são dirigidos para ensinar a luta para a melhor performance individual, mesmo que leve a prejuízo à terceiros, não importa o tipo ou a quantidade desse prejuízo. As leis que elaboramos correm atrás do prejuízo, de punir aqueles que são flagrados em tais atos nocivos à coletividade, mesmo existindo uma rede protetiva que diminui ou impede o alcance da justiça.
A solução que vejo dentro desse horizonte, é que voltemos nossa atenção para quem é o nosso verdadeiro patrão, em se tratando de relações produtivas com uma cadeia hierárquica. Esse patrão máximo só pode ser Deus, o Criador de todo o Universo e que tem a onisciência de tudo. Se nós resolvemos fazer a Sua vontade, com toda a integridade de nossas intenções e ações, então estaremos a partir daí envolvido em nova política, que não tem como meta alcançar simplesmente o poder, mas dar exemplos de ações conforme a vontade de Deus e a perspectiva de que essas ações, à medida que se generalizam, construirão do Reino dos Céus.
Acredito que já existem pessoas atuando dentro desse perfil, até mesmo dentro de partidos políticos, tudo é possível. Lembro de uma vereadora que tive contato nesta última campanha e ela mostrou que cumpriu o que prometera quando foi candidata na campanha eleitoral anterior, de doar todo o seu salário para instituições necessitadas desse apoio financeiro. Não vi nesta pessoa nada do ponto de vista egoísta que prejudicasse o próximo, pelo contrário, são ações que beneficiam exclusivamente ao próximo, isto do ponto de vista material, pois no economia espiritual ela está acumulando um verdadeiro tesouro, aquele que pode levar para a outra dimensão.
São essas pessoas que começam a construção da Pátria do Evangelho e que nos deixa seu exemplo para seguir os seus passos.