O medo tem dois aspectos, um positivo e o outro negativo. O aspecto positivo é que o medo contribui para a preservação da vida, reforça o instinto de sobrevivência. Podemos evitar assim riscos desnecessários, ou assumir determinados riscos com o objetivo de lazer, que mesmo trazendo medo, sabemos que estamos seguros, como ir numa montanha russa, viajar de asa delta, cair de paraquedas e assim por diante.
O lado negativo do medo é quando ele se mostra exagerado e se torna irracional, desequilibrando emocionalmente a pessoa. Ela não consegue mais executar suas ações normais e se torna inoperante, pois o medo invade qualquer projeto de atividade que ela planeja, fica sem sair de casa, com sintomas fisiológicos.
A origem patológica do medo geralmente acontece na infância devido a uma educação deficiente, que ameaça a criança, se ela fizer determinada coisa. O pai e a mãe não irão mais gostar dela, ou o bicho vai pegá-la e ela vai morrer. É preciso que a criança seja ensinada, a partir do primeiro momento, que elas são responsáveis por suas vidas. A maior dádiva da espécie humana, e também sua maior responsabilidade, é que nós possuímos o livre arbítrio. Com ele podemos fazer nossas escolhas, baseadas no amor ou no medo.
As orientações mais convenientes que podemos dar as nossas crianças é primeiro ensinar que as amamos como elas são. Depois promover o crescimento interior delas de acordo com suas vocações, usar os recursos que as dignificam, como harmonia, tolerância, compreensão. Não invejar quem lhes parecem melhor, pois cada um pode alcançar o mesmo patamar ou outros mais elevados. Não se magoar com a agressividade de quem está em níveis inferiores, e não ser bonzinho devido a ameaças, mas por exercício das virtudes.
Os fatores psicossociais exercem pressões emocionais, comumente relacionadas à liberação sexual e ao desempenho na masculinidade ou na feminilidade, gerando os conflitos de insegurança. A boa canalização dessas pressões emocionais consegue transformar o medo em prudência, equilíbrio, discernimento ético, amadurecimento emocional e consciência responsável. É importante que possamos transformar a treva do medo com a luz que há dentro de nós. Ter a certeza que jamais seremos abandonados, que o nosso anjo da guarda está sempre pronto a nos ajudar e orientar na direção da harmonia.
O pânico é uma estado de forte ansiedade, medo exagerado acompanhado de sensações físicas, como: disritmia e taquicardia cardíaca, sudorese, sensação de sufocação, tonturas, tremores, palidez, opressão no peito e sensação de morte. A pessoa sente invasão dos seus pensamentos, como a conversar consigo mesmo: preciso ligar para meu psiquiatra. Será que eu posso pedir ajuda a alguém? Vou desmaiar. Estou ficando sem ar. Estou tendo um infarto. Vou morrer. Não quero mais sofrer. Vou ter que ir correndo para um hospital.
Na anamnese do pânico podemos observar a presença do fator genético, o aumento da noradrenalina que é maior no sexo feminino. Também se observa maior frequência no período pré-menstrual, menos intenso na gravidez e assim demonstrando uma influência hormonal. A terapia pode ser feita com o psiquiatra, que observará a existência de doenças coexistentes, prescreverá medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos) que pode associar com a psicoterapia, feita por ele mesmo ou com um psicólogo.
O componente paranormal é da maior importância, devido a ação espiritual de um ente obsessor levando a um intercâmbio parasitário com a transmissão telepática de imagens assustadoras. Essas irão se fixando, criando cenas vivas e ameaças. Geralmente provoca ressonância no inconsciente cujos conteúdos emergem com confusão mental. Assim, surge o pânico e muitas vezes a incorporação do invasor no domicílio mental da vítima que passa a controlar a sua conduta.
Deve ser procedida as terapias de libertação que exigem a transformação moral do paciente, a orientação do ente obsessor, a meditação, oração, ações dignificadoras como a promoção de harmonia onde se encontrar, evitar maledicências e promover a prática do bem, com ações estruturadas em abrigos, orfanatos ou mesmo na rua com os seus moradores desamparados.
A obsessão quando se torna prolongada provoca a somatização dos distúrbios psicológicos, através da liberação da noradrenalina. Isso exige uma terapia especializada com o psiquiatra. Ter uma conduta saudável, respeitar o próximo e respeitar a vida, são condutas que evitam a interferência perniciosa dos seres espirituais perturbadores que ainda tem prazer nas ações perversas. Lembrar que o de valor mais sensacional que podemos fazer na vida é amar todas as pessoas que passam em nossa vida, com coragem e determinação.
O pânico para se expressar, necessita de canalização construída nos relacionamentos da atual vivência e sintonia com o inconsciente pessoal que trazemos de outras vivências.