Sempre existiu na Terra, tanto no plano material quanto no plano espiritual, uma batalha ferrenha do Bem contra o Mal, da Luz contra as Trevas. Nascemos enquanto espíritos, simples e ignorante para cumprir o plano do Criador de evoluirmos lenta e progressivamente da ignorância à sabedoria, adquirindo uma consciência que justifique ficarmos na proximidade da Sua energia divina, no mundo central onde existe o paraíso, colaborando na administração dos mundos como acontece até hoje.
Esse paradigma consciencial que foi exposto acima em formato de retrato 3 x 4, é o que orienta o meu processamento cognitivo e a minha conduta. Pode parecer aos materialistas algo totalmente fantasioso, fora da realidade, e a alguns espiritualistas uma visão errônea da realidade astral.
O meu foco neste texto não é alimentar a discussão de quem esteja certo ou errado. Eu construo a minha relatoria enquanto eles constroem as deles. Não vou procurar dizer que eles estão errados em tais e quais pontos, da mesma forma que não vou aceitar os seus relatos como verdade desde que eles não obedeçam a uma coerência capaz de destruir as minhas verdades. Porém, estamos dentro do mundo material, observando fatos que se desenvolvem ao nosso lado. Não são os fatos que são mentirosos, pois os fatos fazem parte da realidade procurada e observada. O que causa preocupação são os argumentos que se desenvolvem a partir dos fatos. É nesse ponto que a mentira, arma principal usada pelo mal, vai tentar obstruir o aparecimento da verdade ou dar uma versão diferente daquela que a verdade demonstra, com a compreensão correta do que ela traduz.
Nesse ponto é que está localizado o campo de batalha entre o Bem e o Mal, a descoberta da Verdade, pura como ela deve ser.
Temos neste momento a análise de uma situação no Brasil que demonstra o que acabo de falar. Existe o fato do Brasil ter entrado numa situação caótica, política e administrativa, moral e ética. A justiça começou a colocar a Verdade ao público e milhões de pessoas foram às ruas em todo o país para exigir a correção de rumos. Isso forçou que alguma coisa fosse feita nesse sentido, mas os movimentos de correção de rumos continuam sendo bombardeados por argumentos, colocando fatos para análise de forma diferente daquela que inicialmente imaginamos.
A batalha espiritual entra assim em plena efervescência, com o risco de descambar para uma guerra civil, tanto que é feito para gerar o ódio entre as pessoas e as diversas classes.
Temos que lembrar de um fato ocorrido há mais de 2000 anos, quando um homem apareceu na Galileia e pregava para todos que era emissário de Deus, mais ainda que era filho de Deus. E demonstrava a verdade do que dizia operando milagres, atos impossíveis de serem obtidos por qualquer um daqueles que observavam suas atitudes. Além dessas espetaculares demonstrações materiais, ele fazia uma série de ensinamentos da mais alta moral e ética, tendo sempre a base da Verdade como lastro onde deveríamos caminhar e o Amor como objetivo a ser aplicado em nossa caminhada, construindo assim o Reino de Deus. Foi preso, castigado e crucificado pelo exercício dessa missão que o Pai dera a Ele, colocando assim a sua mais profunda lição, onde o sacrifício material, corporal, pode muito bem ser sustentado, para que consigamos a vitória do objetivo espiritual que todos nós possuímos e que foi delegado pelo Pai.
Suas lições persistem até na hoje na forma dos Evangelhos presentes na Bíblia e que atingem a maior parte do globo terrestre. Jesus tornou-se assim o nosso comandante, na luta do Bem contra o Mal. As armas que Ele nos deixou em busca da Verdade que nos libertará, é sempre a prática do Amor, da coerência, da harmonia entre todos, da fraternidade entre os povos. Assim, nessa batalha espiritual, estamos armados com a lança do Amor e o escudo do Perdão. Estamos prontos a sacrificar o nosso construto material, pois sabemos que o importante é o nosso construto espiritual e que nele está contido a missão que Deus nos deu.