Por desenvolvermos hábitos longos, vícios sustentados, acomodações psicológicas e justificações egoístas em nosso psiquismo, passamos a sofrer desequilíbrios, tanto físico quanto espiritual, e que geram as doenças. Para corrigir isso devemos usar o livre arbítrio e tomar uma decisão de mudança de atitude. Passar a procurar o equilíbrio, com serenidade, justiça e fé, aprendendo a cada momento, curando as mazelas no nascedouro e caminhando assim no progresso espiritual.
Ao fazer do aprendizado uma prioridade, estaremos adquirindo novas aquisições mentais, que favorece a memória e supera os lapsos de recaídas em padrões mentais anteriores. Isso leva a libertação de cargas negativas que obnubilam a razão e que poderiam levar à autodepreciação.
A autodepreciação quando acontece leva a pessoa a sentir infelicidade pessoal, manter relacionamentos ruins, se subestimar, projetar a própria sombra nas outras pessoas, acreditar que todos são iguais de forma negativa, que todos usam máscaras. Faz comparações erradas e avaliações distorcidas capaz de provocar doenças mentais em si e nos outros menos avisados. Lembrar que a autoestima baixa pode vir acompanhada de um séquito de sentimentos negativos: incompetência, autodepreciação, inferioridade, exclusão, rejeição, rigidez, angústia, vitimismo, timidez, perfeccionismo, autocrítica elevada, isolamento social, pessimismo, ansiedade, intolerância, inadequação, insegurança e não merecimento.
As tentativas de mudança para sair dessa situação podem ser certas ou erradas. As tentativas erradas são quando se pensa em viajar, casar ou divorciar, ou variar os amigos, mas sem a preocupação da reforma íntima. Qualquer que seja o lugar ou as pessoas que o incomodado chegue ou se relacione, sempre voltará o sentimento negativo de autodepreciação e infelicidade.
A tentativa correta é quando a pessoa se dispõe a fazer um auto enfrentamento, despir-se perante si mesmo, o que é, o que demonstra ser, e querer modificar-se. Este é o ponto-chave, o querer, a vontade de realizar alguma coisa,
Deve ser feita então a reprogramação da mente, conceituar a autoimagem e não retroceder depois que perceber o que deve ser feito. A vontade para realizar o dever para consigo deve prevalecer e reestruturar assim o seu programa de vida, descobrir o si mesmo e que é portador da fagulha divina na sua alma, que o Criador deixou. Este é o primeiro passo para a reprogramação da mente.
Durante a fase de reprogramação da mente, devemos ter a consciência de que somos todos diferentes, ninguém é igual a ninguém neste mundo, mesmo que sejam gêmeos idênticos. Os desafios que cada um vai enfrentar também não são iguais, apesar de parecidos. As lutas são contínuas, quando uma para, começa outra, são lutas específicas de cada pessoa. A vitória num combate não significa que tenhamos ganho a guerra, virão novos enfrentamentos.
Como resultados do cumprimento dessa reprogramação mental vão nascer novos estímulos para avançar na vida, nova disposição para não se acomodar, lucidez mental, percepção das vantagens de cada conquista alcançada, os problemas ficam mais fáceis de serem resolvidos e a vida se torna mais agradável. As pessoas com quem antes nos relacionávamos adquirem novos valores, quem tinha uma grande perspectiva, de repente parece tão pequeno, e aqueles que poderiam ser vistos como pequenos, podem assumir uma estatura moral impressionante. Desaparecem os privilegiados e os abandonados pela sorte, pois todos tem oportunidade de construírem os seus próprios destinos, todos são compreendidos como são e não pela forma de apresentação.
A tolerância constitui a melhor forma da pessoa ser identificada como portadora de valores éticos, a maior conquista se torna espiritual, o maior respeito é por si mesmo, e acata os limites que tem dentro de si e respeita os limites do outro, sem reações agressivas ou aceitações descabidas. Lembremos sempre que, a tolerância é a arte de sermos felizes na companhia dos outros.
Nesse processo de reajuste mental, vai existir sempre um jogo de eliminação do que não serve ou prejudica, e reprogramar a colocação de valores mais éticos e solidários. Os resíduos negativos como autodepreciação, antagonismo, agressões exteriores, choques sociais e conflitos emocionais, irão se dissipando ao longo do tempo. Deve se passar tudo por novos critérios de avaliação, criando novas compreensões, ressaltando o positivo e diluindo o negativo.
Os novos compromissos que se adquire com o tempo não vai eliminar por um passe de mágica tudo que estava armazenado há muito na estrutura psíquica. Sempre vai haver os lapsos de memória, o reavivamento de fixações ativas. Mas sem a vibração dos mesmos pensamentos que antes as alimentavam, elas se desabituarão e serão impressos novas ordens, ampliando a área de entendimento mais coerente com a evolução espiritual.
A insatisfação e o tédio, com as muitas atividades da reprogramação mental, não irão encontrar espaço para permanecer e desaparecem. Somente com o esforço da pessoa, que se sente descontente com a vida, é que o fenômeno da sua transformação se opera.
Na reprogramação mental, vamos ficar surpresos com o que a mente pode fazer por nós.